Os futuros do milho negociados na BM&F Bovespa trabalham em campo negativo no pregão desta terça-feira (7). As principais posições da commodity exibiam perdas entre 0,11% e 0,91%, perto das 11h52 (horário de Brasília). O contrato julho/16 era cotado a R$ 45,50 a saca e o setembro/16, referência para a safrinha, era negociado a R$ 42,30 a saca.
O mercado voltou a trabalhar em queda depois das ligeiras altas registradas no dia anterior. Hoje, além das perdas registradas em Chicago e no dólar, o mercado ainda acompanha as informações sobre o andamento da colheita da safrinha no Brasil. Ainda em relação ao dólar, a moeda caía 0,48%, por volta das 11h39 (horário de Brasília), cotada a R$ 3,4737 na venda.
No caso da segunda safra, o Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária) reportou que a colheita do cereal já está completa em 2,94% da área semeada nesta temporada. “O ritmo dos trabalhos nos campos continua adiantado em comparação ao mesmo período do ano passado, que estava em 1,39%”, informou em nota.
Já no Paraná, a colheita já chegou a 3% da área plantada nesta safra, conforme boletim do Deral (Departamento de Economia Rural). Ainda assim, os produtores seguem atentos às previsões de chuvas e também com as baixas temperaturas previstas para o estado.
“Agora, as chuvas são vistas com preocupação, especialmente no estado do Paraná, pois temos um setor de carnes muito forte no estado. Já perdemos entre 9 milhões a 10 milhões de toneladas de milho na safrinha, deveremos colher uma produção perto de 49 milhões de toneladas, não podemos perder mais nada”, disse o consultor de mercado, Ênio Fernandes.
Bolsa de Chicago
As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) ainda exibem leves quedas e operam próximas da estabilidade no pregão desta terça-feira (7). Perto das 12h32 (horário de Brasília), as primeiras posições exibiam perdas entre 0,75 e 1,50 pontos. O vencimento julho/16 era cotado a US$ 4,25 por bushel. Já o março/17 registrava leve alta, de 0,25 pontos, negociado a US$ 4,36 por bushel.
“O mercado está tomando lucros depois dos ganhos recentes. E também temos um clima ameno e as classificações das culturas surpreendentes o que ajudou a conter as compras até o momento”, disse Bryce Knorr, analista e editor do portal Farm Futures.
Ainda ontem, o USDA reportou que cerca de 98% da área projetada para o milho nesta temporada já havia sido plantada até o último domingo. Em torno de 90% das lavouras do cereal já emergiram. O órgão também informou que 74% das plantações estão em boas ou excelentes condições, 21% em situação regular e 4% em condições ruins ou muito ruins.