Cuidados para combater a incidência de doenças, aumentar o peso do animal e atingir a maturidade sexual aos 13 meses podem melhorar significativamente a produção animal.
Considerado um dos principais polos criadores de gado do mundo, o Brasil tem seus motivos para ser referência quando o assunto é produção animal de excelência. Para obter um resultado de qualidade, algumas metas devem ser atingidas.
De acordo com o analista técnico da Quimtia Brasil, Solano Alex Oldoni, no caso de animais como as vacas, minimizar a incidência de doenças nos primeiros meses de vida, dobrar o peso do nascimento nos primeiros 56 dias e atingir a maturidade sexual aos 13 meses é um dos fatores que requer a atenção dos criadores.
“O primeiro passo é proporcionar um ambiente adequado ao nascimento dessa bezerra, sendo esse limpo, seco e com temperatura agradável. Imediatamente após o nascimento deve ser realizada a cura do umbigo com tintura de iodo à 7%, repetindo o processo duas vezes ao dia durante três dias para prevenção de onfalites e artrites”, comenta.
Para ele, outro ponto primordial é a ingestão do colostro já na primeira hora de vida, que irá transferir imunidade à bezerra e iniciar o desenvolvimento do trato digestivo. “Esse colostro deve ser livre de bactérias e, para tanto, deve-se higienizar e desinfetar os tetos antes da ordenha e fornecer o colostro via mamadeira, na quantidade de 3 a 4 litros dependendo do tamanho”, ressalta o analista.
Alimentação de qualidade
A alimentação da bezerra é um fator que também precisa de atenção. “Ele deve ser feito com mamadeira, de forma que o animal fique em ‘posição de cavalete’ e o leite passe, através da goteira esofageana, diretamente para o abomaso, onde ocorrerá a formação do coágulo e digestão”, alerta o especialista. Ainda segundo Oldoni, “o fornecimento de leite precisa ser na quantidade de 25% do peso corporal ao dia já na primeira semana de vida, com redução gradativa a partir da 5ª semana”, alerta.
Oldoni afirma ainda, que já no 3º dia de vida a bezerra inicia o consumo de alimento concentrado, que deve ser peletizado ou moído de forma grosseira, para estimular o desenvolvimento ruminal. “A ração por sua vez deve conter enzimas exógenas em sua formulação para melhor aproveitamento dos ingredientes, pois animais jovens são deficientes principalmente em amilase salivar e outras enzimas”, finaliza o especialista.