A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou sua estimativa de safra de café em 51,37 milhões de sacas do produto beneficiado, das variedades arábica e conilon. Os números do quarto e último levantamento relativo à safra 2016 divulgados hoje ficaram acima das 49,64 milhões de sacas estimada em setembro.
Segundo a Conab, o volume de 51,73 milhões de sacas é 18% superior às 43,24 milhões de sacas produzidas no ciclo passado e representa um recorde A maior safra registrada antes foi em 2014, quando foram colhidas 50,8 milhões de sacas.
No levantamento atual a Conab estimou a safra de arábica em 43,38 milhões de sacas, volume superior às 41,29 milhões de sacas estimadas em setembro. Já a produção conilon foi revisada para baixo, passando de 8,35 milhões de sacas para as atuais 7,98 milhões de sacas.
Os técnicos da Conab observam que o café arábica predomina e representa 84,4% da produção total. O volume é 35,4% superior ao da safra passada e se deve “ao aumento de 46 mil hectares da área em produção, incluindo a incorporação de novas áreas que se encontravam em formação e renovação, além das condições climáticas mais favoráveis”.
No caso do conilon, que representa 15,6% do total de café, houve queda de 28,6% na comparação com a safra passada. Os técnicos explicam que a quebra se “deve à redução 4% na área e problemas climáticos pontuais, como seca e má distribuição de chuvas por dois anos consecutivos no Espírito Santo, maior produtor de café conilon no país”. Em Rondônia e na Bahia, também produtores da espécie, também ocorreu estiagem nas fases críticas das lavouras. “No entanto, no caso de Rondônia, a quebra de produtividade foi amenizada pela entrada de novas áreas de café clonal, cuja produtividade é superior às tradicionais”, diz a Conab.
Fonte: GloboRural