Segundo Cepea, cenário é positivo para o confinamento, mas exige atenção às oscilações do mercado.
O ano de 2019 exigirá maior planejamento do produtor pecuário para alcançar margens positivas em suas operações. De acordo com Tiago Bernardino Carvalho, pesquisador do Cepea, o ano inicia-se com um cenário interno menos incerto do que 2018, quando a indefinição quanto o futuro político do país travou investimentos. “Ano passado tivemos o preço do milho muito forte o mercado futuro não muito interessante.O que se desenha para esse ano é um cenário positivo para o confinamento, mas desde que haja essa gestão de preços”, alerta Carvalho.
Ele lembra que é preciso que o produtor fuja do “efeito manada”, acompanhando com atenção a evolução dos preços futuros da arroba do boi e dos insumos a fim de garantir maior lucratividade. “A motivação de ganhar dinheiro com o confinamento este ano dependerá muito da gestão de compras de insumos e do boi magro, além da gestaã de venda. Se muita gente gerar expectativa de confinar, a gente nota aumento de preços do boi magro em abril e maio com perspectiva de excedente de oferta no futuro”, explica.
Segundo o pesquisador, o início do ano costuma ser o melhor momento para adquirir o boi magro, insumo que chega a representar até 70% dos custos de produção, no estado de São Paulo. Já o preço do milho tende a atingir menores patamares entre maio e junho, coincidindo com a colheita da safrinha. De acordo com a Conab, deverão ser colhidas 63,7 milhões de toneladas de milho segunda safra este ano, volume 18% superior ao observado em 2018.
Fonte: CEPEA