Ontem, a soja registrou uma queda significativa , com o mercado já se ajustando para os relatórios que serão divulgados hoje as 13h.
A Bolsa de Chicago permanecerá fechada na sexta-feira, então só teremos uma visão mais clara da reação do mercado a partir de segunda-feira.
Em curto prazo, o relatório de estoques trimestrais de soja pode ter um impacto considerável.
No mesmo período do ano passado, os estoques de soja nos Estados Unidos totalizavam 45,92 milhões de toneladas. As expectativas atuais apontam para um aumento desses estoques, possivelmente chegando perto de 50 milhões de toneladas.
Esse aumento previsto sinaliza uma maior oferta do grão, o que, por sua vez, tenderia a exercer pressão sobre os preços, levando-os para baixo.
Além disso, a progressão da colheita e as condições climáticas favoráveis na Argentina estão contribuindo para a situação. O aumento do volume de soja proveniente do país vizinho já está começando a impactar as cotações. Nos próximos meses, já é esperado um aumento nas exportações de soja e farelo na argentina.
Considerando a soja brasileira ainda não vendida, e a safra do Rio Grande do Sul que acompanha a colheita da Argentina, a perspectiva é de um aumento na oferta global.
A não ser que a China entre de forma forte nas compras de soja da América do Sul, isso pode resultar em uma pressão baixista sobre os preços.
No entanto, o foco principal não está nos estoques americanos que serão divulgados amanhã, embora tenham impacto de curto prazo.
O que realmente terá um impacto significativo é o relatório de intenção de plantio dos produtores americanos.
As expectativas indicam um aumento de 1 milhão de hectares de área, principalmente devido aos prejuízos causados pela última safra de milho nos Estados Unidos.
Por Filipe Soares – Agroares
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