Analisando-se comparativamente a evolução de preços do frango inteiro resfriado e de seus principais cortes (também resfriados) comercializados no Grande Atacado da cidade de São Paulo entre julho de 2020 e julho de 2021 é que se tem melhor ideia do quanto a pandemia e o isolamento social influenciaram o setor
O caso mais gritante, sem dúvida, é o da asa de frango, corte que nos últimos anos vinha obtendo valorização constante devido, sobretudo, à sua introdução nos churrascos domésticos. Pois em julho passado registrou valorização de apenas 3% em relação ao preço médio obtido em julho de 2020.
Em oposição à asa, quem apresentou o melhor rendimento também em relação a outros cortes e ao frango inteiro foi o peito. Em julho passado foi comercializado por um valor 78% superior ao de um ano antes.
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A coxa – que, entre setembro e outubro do ano passado, chegou a ter a melhor evolução de preços em relação aos quatro itens analisados – chegou em julho último com uma valorização anual de 54,6%, ou seja, ficou aquém do frango inteiro, cujos preços foram reajustados em quase 58%.
Frente a esse panorama e considerado um mix contendo 20% de peito, 20% de coxa, 10% de asa e o restante de frango inteiro, fica a indagação: na comercialização, quem proporcionou o melhor rendimento? O mix ou o frango inteiro, exclusivamente?
O frango inteiro, como já foi visto, valorizou-se perto de 58%. Já o mix apontado, negociado por R$5,07/kg em julho de 2020, fechou julho de 2021 valendo R$7,64/kg. Valorizou-se, portanto, não mais que 50%, proporcionando, em termos relativos, resultado inferior ao do frango inteiro.
Por Avisite
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