Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes (Abrates) promove nos próximos dias 24 a 28 de Abril, em Londrina (PR) o VI Curso de Fisiologia de Sementes. O objetivo, de acordo com os promotores do evento, é aumentar a consciência de produtores e profissionais do agronegócio de que um bom resultado depende de boas escolhas feitas dentro e fora do campo e esse ciclo começa, exatamente, na semente que se escolhe plantar.
O presidente da Abrates e pesquisador da Embrapa Soja, Francisco Krzyzanowski, explica que o produtor – o usuário da semente – é beneficiado pelo curso a partir do conhecimento para avaliar melhor a qualidade do produto. Além disso, o conteúdo abordado ensina como cuidar da semente para garantir a manutenção de suas qualidades, uma vez que se trata de um produto perecível.
“Semente não é um produto que se pode guardar de qualquer forma. Ela é perecível, mesmo apresentando alguma resistência, que varia de acordo com cada cultura. Depende das condições em que as sementes forem armazenadas na propriedade, podem perder qualidade em poucos dias. Quando o produtor conhece mais sobre o assunto, vai saber como guardar sua semente e, mais importante, vai saber buscar fornecedores idôneos e comprar qualidade para que sua lavoura se estabeleça saudável e com excelentes resultados”, explica Krzyzanowski.
Para profissionais ligados à pesquisa, biólogos e agrônomos especialmente, a fisiologia da semente é importante desde o momento da maturação da semente no campo (para a produção de sementes que serão comercializadas) até quando ela será plantada novamente no campo pelo agricultor. “O pesquisador que conhece detalhadamente a fisiologia da semente sabe que procedimento deve ser adotado frente a cada variável (umidade, calor, entre outros) que a semente enfrenta a fim de manter seu alto potencial e qualidade”, completa o dirigente.
Outro ponto destacado pelo pesquisador é que profissionais altamente qualificados estão sendo buscados pela indústria de sementes, que tem se tornado cada vez mais seletiva: “Esses profissionais precisam saber como colher, como secar, como organizar a logística de distribuição da semente, ponto delicado e que influencia diretamente a qualidade do produto. Para transporte em longas distâncias, pode se perder a qualidade. A semente de milho, por exemplo, é transportada em caminhões frigorificados, já que têm um alto valor agregado. Para a soja, ainda não chegamos nesse nível de detalhe, mas alguns já se preocupam em envelopar corretamente a carreta, usar mantas térmicas, trabalhar com lonas claras e buscar formas de amenizar o impacto sofrido”.
Consultores têm buscado cada vez mais a qualificação nesta área com o objetivo de orientar corretamente seus clientes e levar mais resultado para o campo. Para Krzyzanowski, “esse é o reconhecimento de que a semente é a base do estabelecimento da lavoura. Os consultores tem buscado informação para poder olhar por dentro do laudo de análise da semente e compreender o que significa recomendar uma semente que está certificada com 80% de germinação e na classe 3 em um teste de tretazólio, por exemplo”.
Segundo o presidente da Abrates, o Curso de Fisiologia tem um nível que pode ser comparado à uma pós-graduação, sendo ofertado para o público geral. Por isso é uma excelente oportunidade para a qualificação de estudantes desde a graduação. Outra vantagem ainda chama atenção, o conteúdo ofertado tem como base o livro “Fisiologia de Sementes de Plantas Cultivadas”, de autoria do professor da ESALQ, Dr. Júlio Marcos Filho, que está entre os professores do curso.
Inscrições:
As vagas são limitadas e preenchidas por ordem de inscrição. Os interessados devem se inscrever no site www.abrates.org.br/cursos-e-eventos/detalhes/VI-curso-fisiologia
Os alunos recebem uma edição do livro “Fisiologia de Sementes de Plantas Cultivadas”.
Mais informações:
www.abrates.org.br/cursos-e-eventos/detalhes/VI-curso-fisiologia
(43) 3025-5223
Fonte: Agrolink