Países consumidores deverão consumir 116,5 milhões de sacas e países produtores 50,5 milhões de sacas neste ano-cafeeiro 2020-2021
O consumo mundial de café no ano-cafeeiro 2020-2021 deverá atingir um volume físico equivalente a 167,01 milhões de sacas, o que representará um crescimento de 1,9% em relação ao ano-cafeeiro anterior, que foi de 163,9 milhões de sacas de 60kg. Nesse contexto, vale destacar que nos últimos 10 anos-cafeeiros o crescimento médio do consumo mundial foi coincidentemente de 1,9% ao ano.
Exclusivamente nos países importadores o consumo deverá ter um crescimento de 2,3% no ano-cafeeiro 2020-2021, com previsão de atingir 116,5 milhões de sacas. E nos países produtores tal consumo interno deverá aumentar 1%, somando 50,5 milhões de sacas. Portanto, o consumo interno nos países produtores de café deverá representar 30,2% do consumo mundial neste ano-cafeeiro 2020-2021. Dessa forma, estima-se que o consumo mundial de café continuará a crescer, tendo em vista o abrandamento das restrições relacionadas com a covid-19 e prospectos de recuperação econômica subsequente.
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Esses números e dados estatísticos da performance do consumo da cafeicultura global, foram obtidos do Relatório sobre o mercado de Café – agosto 2021, da Organização Internacional do Café – OIC, instituição representativa da cafeicultura mundial, da qual o Brasil é país-membro. Tal Relatório encontra-se disponível na íntegra no Observatório do Café, do Consórcio Pesquisa Café, rede integrada de pesquisa coordenada pela Embrapa Café. Convém esclarecer que o ano-cafeeiro para a OIC compreende o período de outubro a setembro.
As estimativas da produção total no ano-cafeeiro 2020-2021 deverão totalizar 169,6 milhões de sacas de 60kg, com um aumento de apenas 0,4% em comparação com 169 milhões de sacas produzidas no ano-cafeeiro anterior. Em análise da produção das duas espécies de café produzidas comercialmente, calcula-se que a produção de café arábica deverá ter volume de 99,3 milhões de sacas e a de café robusta 70,4 milhões de sacas, o que representa respectivamente aumento de 2,3% e redução de 2,1% em relação aos volumes dessas espécies no ano-cafeeiro anterior.
Em nível regional, a produção mundial de café é agrupada pela OIC em quatro blocos econômicos. Dessa forma, a produção africana deve ser de 18,72 milhões de sacas e apresentar aumento discreto de 0,1% em comparação com 18,59 milhões no ano-cafeeiro anterior. A produção da Ásia & Oceania deverá diminuir 1,1%, de 49,45 milhões de sacas em 2019-2020 para 48,93 milhões em 2020-2021. A produção da América Central & México deverá diminuir 2,1%, perfazendo 19,19 milhões de sacas, sendo que no ano-cafeeiro 2019-2020 foi de 19,60 milhões de sacas. Um aumento de 1,9% está previsto para a produção da América do Sul, que deve alcançar 82,79 milhões de sacas, em comparação com 81,21 milhões em 2019-2020.
Com relação à produção de café do Brasil, o Relatório da OIC demonstra incertezas sobre o volume da safra, pois já estava previsto que a produção do país no ano-safra de 2021-2022, que começou em abril passado, sofreria uma queda significativa em decorrência da bienalidade negativa do café arábica no país e de estiagens que afetaram as regiões cafeeiras do país em 2020. E, além disso, a geada recente que danificou numerosos cafezais terminará por afetar negativamente a produção a partir do ano-safra de 2022-2023. Assim, a OIC destaca que autoridades cafeeiras do Brasil ainda estão avaliando as dimensões do impacto dessa geada no volume de produção.
Por Embrapa Café
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