Dados da extinta ABEF (hoje ABPA) relativos a 2000, último ano do século passado, apontam que das pouco mais de 900 mil toneladas então exportadas, 52% do total foram de frangos inteiros e os restantes 48% de cortes de frango
Quatro anos atrás, em 2014, já inclusos nas exportações os industrializados de frango e a carne de frango salgada, os cortes representaram 55% do total exportado, enquanto a participação do frango inteiro foi reduzida para cerca de 36% – os dois outros itens corresponderam aos (pouco menos de) 9% restantes.
Neste ano os cortes vêm representando mais de dois terços de toda a carne de frango exportada e, na realidade, correspondem ao item que mais sustenta as exportações, pois – nove primeiros meses do ano – seu volume encolheu menos de 1%, enquanto a redução no volume do frango inteiro chega a 15%, a dos industrializados a quase 35% e a da carne salgada a mais de 40%.
Nesse processo, aliás, os industrializados e a carne salgada são os itens com maior perda de participação. De 38% e 58%, respectivamente, enquanto a perda de participação do frango inteiro fica em 23%. No presente ritmo de redução, a participação dos industrializados e da carne salgada pode retroceder a algo próximo de zero em poucos anos.
Retornando aos dados da ABEF vale comparar, como curiosidade, a evolução das exportações do frango inteiro e dos cortes de frango – ainda que a comparação envolva períodos de tempo distintos, ou seja, 12 meses de 2000 e 9 meses de 2018.
Entre um e outro exercício, o volume de inteiros e cortes exportados evoluiu de 906 mil toneladas para 2,857 milhões de toneladas – incremento de 215%. Já o volume de frangos inteiros passou de 470 mil toneladas para 823,2 mil toneladas – aumento de 75%.
Ou seja: a maior parte do crescimento observado se concentrou nos cortes de frango, cujo volume subiu de 436 mil toneladas nos 12 meses do ano 2000 para perto de 2,034 milhões de toneladas nos nove primeiros meses do corrente exercício. E o aumento, neste caso, supera os 360%.