Acontecimento raro na história das exportações, em 2018, por quatro meses seguidos (entre agosto e novembro), a receita cambial obtida pela carne de frango in natura foi inferior à da carne bovina in natura
Naquele quadrimestre, o pior momento do frango foi registrado em setembro, mês em que a receita obtida ficou quase 15% abaixo da alcançada pela carne bovina – resultado inteiramente oposto ao de seis meses antes, quando a receita do frango superou em 30% a da carne bovina.
Independentemente de quais tenham sido as causas desse decréscimo o fato é que, após esse quadrimestre, a carne de frango voltou a recuperar-se. Em abril passado, por exemplo, sua receita de US$499,2 milhões foi 20% superior aos US$415,7 milhões da carne bovina – o melhor resultado desde junho do ano passado.
Mesmo assim, permanece com um desempenho aquém do registrado em abril de 2018 e, principalmente, do alcançado dois anos antes, em maio de 2017 (adicional de quase 40% sobre a carne bovina). Quer dizer: comparativamente à da carne bovina, a receita cambial do frango vem decrescendo no decorrer do tempo.
Essa, porém, não é uma ocorrência nova. Repete-se – embora de forma mais amena que a atual – em anos anteriores. E isso é comprovado no gráfico abaixo, em que foram tomados, também, os dados relativos aos 24 meses decorridos entre maio de 2012 e maio de 2014. Ou seja: cinco anos separam as duas projeções. Mas as linhas de tendência decrescem quase paralelamente.
Fonte: Avisite