Wilson criticou colegiado como tentativa de aprovar projetos de sua autoria que tem sofrido resistência na Comissão, comenta Avallone, que é seu aliado político e presidente da Comissão.
Fogo amigo
O Deputado Wilson Santos (PSDB), conhecido popularmente como ‘Galinho’ – pelo perfil polêmico e provocativo, criticou a condução dos trabalhos da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, afirmando em coletiva à imprensa que o órgão “Tá mais para Comissão de destruição do Meio Ambiente, do que Comissão de proteção do meio ambiente”. Segundo o colega e aliado político, Deputado Carlos Avallone (PSDB) – que é o presidente em exercício da Comissão, a postura adotada pelo colega parlamentar é uma forma de tentar aprovar determinados projetos que têm sofrido resistência junto ao colegiado.
“Na realidade, o deputado, que vai ser muito bem recebido lá, está com alguns problemas na Comissão de Meio Ambiente, com algumas coisas que ele quer defender, que é justa, que ele tem o direito de defender, mas ele não tem conseguido aprovar com as condições que ele quer. Com isso, ele está querendo ir para lá para tentar aprovar. Ótimo, é legal, é justo, ele vai para lá e vai negociar com os outros integrantes da Comissão. Ele não precisa agredir a Comissão para tentar aprovar projetos, ele pode fazer de forma diferente”, esclareceu Avallone.
Articulação política
Ao que tudo indica, Wilson Santos articulou junto ao líder do Governo na ALMT, deputado Dilmar Dal Bosco (União Brasil), uma indicação para a Comissão de Meio Ambiente. “Solicitei a ele (Dilmar) que me encaminhe para a Comissão de Meio Ambiente e ele disse que vai me nomear no próprio lugar dele. Quero ir para Meio Ambiente porque a Comissão precisa ter um freio, o que está acontecendo ali é inacreditável. Tá mais para Comissão de destruição do Meio Ambiente, do que Comissão de proteção do meio ambiente”, criticou Wilson em coletiva à imprensa.
O deputado Carlos Avallone foi diplomático e aproveitou a oportunidade para pedir uma trégua ao colega parlamentar. “Ele tem que parar com esse tipo de forma. Ele, para tentar se posicionar, tem uma mania de agredir os colegas, já está no Conselho de Ética pelo Cattani, agride o Xuxu todas as vezes, ele tem uma tendência de agressão, ele e a mulher me agrediram. Esse não é o caminho correto dentre de um colegiado para a gente tratar os assuntos. Mas, eu vou continuar tratando ele a mulher dele com todo respeito, como deputado, como ser humano”, desabafa Avallone.
Possíveis causas desta polêmica
As críticas de Wilson Santos tiveram início após as deliberações do PL 03/2022, que foi equivocadamente entendido como uma liberação do plantio de soja no Pantanal. Porém a proposta foi retirada de pauta na Sessão Extraordinária que aconteceu no início deste mês(1º) na ALMT. Na ocasião o Deputado Avallone já havia esclarecido ao AGRONEWS® a inviabilidade do plantio de soja no Pantanal e enfatizou a importância da avaliação criteriosa do Projeto de Lei com a participação de representantes do setor produtivo.
“Fica claro pra mim que todas as vezes que a gente (Parlamento) não houve direito o homem pantaneiro, a gente tem uma chance maior de errar. Aqui claramente foi isso que aconteceu, houve pouca conversa com o homem pantaneiro. A proposta foi feita na primeira Sessão deste ano, uma Sessão Extraordinária e precisava de mais discussões. Agora a comissão pede o sobrestamento da votação, nós vamos consultar isso com a própria mesa diretora e vamos aguardar a apresentação de um projeto que nós contratamos da Embrapa, junto com a Sema, para que possamos ter mais informações sobre o Pantanal e a partir daí possamos voltar a discutir o PL 03/2022.“, explica Avallone.
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