Ainda que a inflação de agosto corrente venha a ser inferior ao índice apontado na tabela abaixo, o frango vivo – que há mais de 60 dias não tem o seu preço corrigido – fechará o oitavo mês do ano com evolução de preços negativa em relação ao mês anterior, desempenhado só observado com o farelo de soja, cujo preço médio neste mês tende a um recuo superior a 1,5%
Mas o desempenho negativo do frango não fica restrito a agosto corrente. Pois, quando considerado o preço médio atingido nos oito primeiros meses de 2018, apresenta (em comparação a idênticos períodos anteriores) redução de 2,11% em um ano e de 10,27% em dois anos. E ainda que em relação a janeiro-agosto de 2015 apresente variação positiva de 3,61%, permanece com um resultado real negativo, pois a inflação acumulada no período deve situar-se em torno dos 16%.
De toda forma, situação bem pior continua sendo experimentada pelo suinocultor, cujos preços recebidos neste ano se mantêm negativos em relação a 2017, 2016 e 2015 em, respectivamente, 19,94%, 7,24% e 5,45%.
Mas a situação do boi em pé não chega a ser muito melhor. Pois ainda que em 2018 o preço recebido pelo animal esteja quase 4% acima do alcançado entre janeiro e agosto de 2017, comparativamente a 2016 e 2015 permanece negativo em, respectivamente, 7,12% e 1,66%.
Enquanto isso, os preços das matérias-primas básicas da avicultura e da suinocultura seguem evoluindo bem acima da inflação.