Imune as variações de mercado observadas no decorrer do mês – indício claro de oferta ajustada à procura ou até inferior a ela – o frango vivo negociado no interior paulista completou na última sexta-feira, 24, seis semanas ininterruptas sem alteração da cotação
Como no dia seguinte, sábado, manteve os mesmos R$3,60/kg vindos desde 13 de abril, se encontra agora na sétima semana com um único preço – o mais longo período de estabilidade registrado em 2019.
Embora a oferta limitada possa sugerir a abertura de espaço para novos ajustes, a tendência é a de manutenção da atual cotação pelo restante do semestre (mais cinco semanas). Porque, a despeito da valorização que possa estar obtendo lá fora, aqui dentro (onde permanecem mais de dois terços da produção mensal) o mercado continua limitado pelas (também limitadas) condições do consumidor final.
Não é por menos que, após o pico de preços registrado entre 7 e 10 de maio (período que antecedeu o Dia das Mães), o retrocesso vem sendo contínuo: o salário acabou! A conseqüência disso é que a remuneração obtida na última semana pelo frango abatido chegou, ao final do período, ao menor nível das últimas 11-12 semanas. Ou seja: no momento estamos acima, apenas, dos valores do primeiro bimestre do ano quando, na prática, o exercício corrente nem havia começado.
Por ora, em termos mensais, o frango abatido alcança valor 0,23% inferior à média de abril passado, enquanto a valorização do frango vivo, embora positiva, é de apenas 1,41%. Já em comparação a maio de 2018 o preço médio do frango vivo neste mês apresenta incremento de quase 52%, índice superior ao ganho do frango abatido, com aumento de 30,45%.
Notar, de toda forma, que esses índices devem, doravante, sofrer significativa redução. Não, exatamente, porque o produto sofra desvalorização, mas porque há exatamente um ano, nesta época, o setor sofria o impacto da greve dos caminhoneiros, movimento que artificializou os preços praticados naquela ocasião.
Fonte: Avisite