No sábado, 20, o frango vivo comercializado no interior paulista completou 33 dias com a cotação inalterada em R$3,30/kg
É o segundo maior período de estabilidade de 2019, superado apenas pelos 59 dias de cotação a R$3,60/kg, entre 13 de abril e 10 de junho passado.
A estabilidade, porém, não reflete as efetivas condições do mercado que – até agora e na maior parte dos últimos 33 dias – operou com demanda visivelmente inferior ao volume ofertado, proveniente de produtores independentes, mas também dos próprios abatedouros. E, sobretudo neste último caso, as transações têm sido efetuadas por valores aquém da cotação referencial.
A disponibilização de aves vivas pelos próprios abatedouros é explicada pela tentativa de manter preços condizentes para a ave abatida. Mas em julho corrente isso teve efeito limitado, porquanto o pico de preços do mês, embora ligeiramente maior que o de junho, ficou sensivelmente aquém do registrado em abril e maio.
Além disso, antes mesmo de encerrada a primeira quinzena os preços do produto voltaram a retroceder de forma incisiva. A ponto de encerrarem a semana que passou, 29ª do ano e terceira de julho corrente, com um valor quase 7% menor que o de uma semana antes.
Por ora, com base nos valores registrados até o último fim de semana, o frango vivo paulista, embora alcançando valorização de 10% em relação a julho de 2018, permanece com um valor 4% menor que o de junho passado e enfrenta o mais fraco resultado dos últimos quatro meses.
Já o frango abatido, cotado na média do mês a R$4,33/kg, ainda obtém preços ligeiramente superiores aos dos dois meses anteriores (R$4,30/kg em maio; R$4,27/kg em junho), mas se mantém aquém dos R$4,38/kg de abril. Em relação a julho de 2018 o ganho atual é de 25%, mas esse alto índice de aumento decorre apenas dos baixos preços alcançados há um ano.
Fonte: Avisite