O frango vivo comercializado no interior paulista desencantou! E na ocasião mais improvável: o último dia do mês
No sábado, 30 de setembro, rompeu uma estabilidade que já durava 183 dias (mais de seis meses) e, com o invariável reajuste de cinco centavos, foi negociado por R$2,55/kg. A surpresa, entretanto, não altera os resultados de setembro, encerrado, como os cinco meses anteriores, com a cotação absolutamente fixa em R$2,50/kg e com valor médio quase 20% menor que o de setembro de 2016.
Essa longa estabilidade representou, sem dúvida, situação inédita. E à primeira vista inexplicável. Porque o “sucessor” da ave viva – o frango abatido – atravessou os últimos seis meses apresentando as mesmas variações de sempre: alta no período mais favorável de venda (primeiro decêndio do mês) e baixa praticamente contínua desde a virada da quinzena até o final do mês. O que aponta haver um descolamento (definitivo?) entre frango vivo e abatido na relação de preços.
Com esse desempenho, o frango vivo completou os primeiros três quartos de 2017 com um preço médio que, deflacionado, correspondeu ao menor valor dos últimos cinco anos. Em relação aos R$2,47/kg de 2013, por exemplo, a média atual é apenas 3,2% superior. E, de lá para cá, a inflação acumulada não anda muito longe dos 30%. Em valores nominais (setembro de 2017 contra setembro de 2016) a redução ficou próxima dos 10%.
E quanto ao frango abatido? Tem desempenho melhor? Nem um pouco – é a resposta. Pois a despeito das altas e baixas registradas no decorrer de cada mês, na média destes primeiros nove meses alcançou valor médio (R$3,32/kg) mais de 11% inferior à média registrada nos mesmos nove meses de 2016.
É verdade que, no ano passado, obrigado pelos altos custos (que, inclusive, forçaram a redução da produção), o preço do frango abatido esteve bem acima da média. Além disso, a redução atual está compatível com a queda no custo. Mesmo assim é inegável que o faturamento bruto do setor, mesmo com um eventual aumento no volume produzido, vem sendo inferior ao de um ano atrás.
Fonte: Avisite