Na terceira semana de novembro (11 a 17, cinco dias de negócios) as condições de comercialização do frango vivo disponibilizado no interior paulista apenas se agravaram. Ainda que o preço menor, alcançado na semana anterior, tenha permanecido inalterado
Em outras palavras, o preço referencial alcançado no último dia 7 – quando, numa redução de 10 centavos, o frango vivo passou a ser cotado a R$3,00/kg – não sofreu qualquer alteração. Mas o piso das negociações, iniciadas com descontos de até 20 centavos, se ampliou de forma significativa, chegando agora a 50 centavos.
Isto significa que boa parte dos negócios efetivados volta a ser realizada nos mesmos níveis observados no período pré-greve dos caminhoneiros (segunda quinzena de maio), ocasião em que, por cerca de duas semanas, prevaleceu como cotação-base o valor de R$2,50/kg.
A grande diferença entre esses dois momentos é que, lá atrás, graças a uma readequação da produção a um mercado visivelmente recessivo, o produto (independente até dos efeitos da greve) valorizou-se de forma rápida e significativa, a ponto de atingir, nominalmente, as melhores cotações de todos os tempos.
Agora, infelizmente, a tendência é, apenas, de desvalorização. Porque estamos na segunda quinzena do mês. Mas porque, principalmente, as integrações – ao tentarem preservar os preços da ave abatida – colocam no mercado de aves vivas parte da própria produção. Como se isso não interferisse, de alguma forma, nos preços de seu produto.
Repetindo o que foi dito há uma semana, é até provável que a atual cotação referencial permaneça inalterada no decêndio final do mês. Mas o fechamento de negócios com descontos crescentes pode se ampliar. Inclusive porque vêm ocorrendo atrasos na retirada de lotes, o que gera sensíveis aumentos de peso e desconformidade com os padrões normais. A saída, nestes casos, é a ampliação dos descontos.
A registrar, ainda, que esse drama se concentra no produtor paulista. Pois, em Minas Gerais, o mercado permanece firme, com o frango vivo sendo comercializado por R$3,20/kg há 10 semanas, ou seja, desde 10 de setembro passado.
Fonte: Avisite