O frango vivo negociado no interior paulista passou pela quarta semana do mês (‘8 a 24, seis dias de negócios) e entra agora na derradeira semana de novembro sem ter apresentado qualquer alteração em relação às duas semanas anteriores
Isto, em relação à cotação referencial. Pois as condições de comercialização se deterioraram ainda mais após a baixa do dia 7 – inesperada para aquela época do mês.
Em outras palavras, após sofrer queda de cinco centavos em meados da segunda semana e ver seu valor de comercialização recuar para R$3,00/kg, o frango vivo paulista não sofreu novas baixas. Mas apenas no valor de referência, porquanto os negócios efetivos, inicialmente fechados com desconto de vinte centavos, logo passaram a enfrentar reduções de até 50 centavos.
Não que houvesse aumento da oferta ou sensível retração da demanda: as quedas foram (e continuam sendo) determinadas pelo despejo em massa, no mercado “spot”, de aves provenientes de criações integradas.
Sabia-se que esse“derrame” vinha sendo ocasionado pela tentativa, habitual, de preservar os preços do frango abatido. Mas agora há indicações de que o forte aumento da disponibilidade de aves vivas tem como causa, também, a redução de velocidade nas linhas de abate de alguns frigoríficos paulistas.
Em outras palavras, nem tudo que estava programado vem sendo abatido. O que, além da maior disponibilidade de aves vivas no mercado independente, ocasiona ainda a retenção de frangos nas granjas e gera significativo aumento de peso. Dai os descontos de 50 centavos incidirem, particularmente, sobre as aves com peso visivelmente acima dos padrões normais.
Frente a tais circunstâncias e considerando, ainda, o final de mês (momento de menor consumo do período), seria natural contar com alguma redução de preço nestes derradeiros seis dias de novembro. Mas, parece, o mercado se adaptou à faixa de negociação vigente (R$2,50/kg a R$3,00/kg). Assim, está claro que os atuais valores se estenderão até dezembro. Só não se sabe por quanto tempo.
Por Avisite