O ovo branco extra comercializado no atacado da cidade de São Paulo alcançou, em junho passado, valor médio quase 10% superior ao do mês anterior (os valores especificados referem-se a cargas fechadas negociadas em embalagens de 2,5 dúzias)
Mas encerrou o período com, quase, os mesmos baixos preços do início do mês. Ou seja: valorizou-se, como de hábito, na primeira quinzena e perdeu boa parte do ganho conquistado na segunda parte do mês.
Porém, o que mais ressaltou no comportamento do produto em junho passado foi a forte queda em relação aos preços registrados um ano antes. Ou seja: em junho de 2018 (quando, aliás, alcançou a maior cotação do ano que passou), o ovo foi comercializado por valor 12% superior ao mais recente e, desde então, vem sofrendo desvalorização que, obviamente, não está acompanhada na mesma proporção pela redução dos custos.
É verdade que, embora menos significativo que em algumas ocasiões anteriores, o desempenho do ovo neste ano vem sendo bem melhor que o observado no segundo semestre do ano passado, ocasião em que os preços registrados retrocederam, nominalmente, ao menor patamar registrado entre 2015 e 2018 (quatro anos). Ainda assim, a média dos seis primeiros meses de 2019 ficou cerca de 2,5% aquém da obtida nos mesmos seis meses de 2018.
Como o segundo semestre se inicia sob a égide das férias escolares, é difícil contar com alguma valorização do produto no decorrer do mês. Além disso, é impossível ignorar que, historicamente, os melhores preços do ano são registrados, quase invariavelmente, no primeiro semestre. Ou seja: estes próximos seis meses tendem a ser ainda mais desafiadores. A menos que o setor consiga controlar eficientemente a produção e, paralelamente, encontrar novos mercados para o produto.
Fonte: Avisite