Os dados da SECEX/MDIC relativos à exportação de carnes da primeira semana de julho apenas confirmam suspeita levantada pelo AviSite na semana passada. A de que, no cômputo final de junho, embarques deixaram ser contabilizados, deixando a impressão de que as três carnes tiveram péssimo desempenho no encerramento do primeiro semestre
Prova inicial: receita cambial da primeira semana de julho. Pela média dos cinco dias úteis ela bateu na marca dos US$85,961 milhões, resultado à primeira vista inédito na história das exportações de carnes (o melhor resultado anterior, alcançado em outubro de 2014, foi de US$71,748 milhões).
Mas até aí nada demais, não fosse o fato de a receita do mês anterior, considerada a média diária registrada, ter correspondido ao pior resultado registrado em quase 10 anos. Alias, a média diária de 2008 ficou em US$56,410 milhões, quase 60% a mais que a de junho passado.
Aceito, pois, que nos primeiros resultados de julho corrente se encontram embutidos embarques que ocorreram, efetivamente, no mês passado, torna-se impróprio adotar esses resultados como possível indicador das exportações totais do corrente mês.
Assim, as projeções abaixo para o total mensal não passam, por ora, de mera fantasia. Pois sugerem, para as três carnes, volumes de embarque até hoje não observados. Resta, pois, aguardar os dados relativos às próximas semanas – na expectativa de que correspondam mais de perto ao difícil momento exportador que o Brasil atravessa.