As exportações de carnes da segunda semana de dezembro registraram forte retrocesso, visto que a receita cambial do período – analisada pela média diária – passou de US$72,733 milhões para US$58,164 milhões, uma redução de 20%.
Pode ser, porém, que o retrocesso, se realmente ocorreu, não foi tão incisivo. Pois, aparentemente, o excepcional resultado da semana inicial do mês foi determinado por restos não contabilizados de novembro passado. Além disso, o resultado da semana que passou se encontra muito mais próximo da média registrada nos últimos 12 meses pelas carnes. Ou seja: os US$72,7 milhões da primeira semana de dezembro foram uma exceção.
Em outras palavras, os embarques efetivos do último mês de 2018 são mais modestos que os mostrados. O que não significa que sejam menores – não, pelo menos, em relação ao que foi exportado um ano atrás, em dezembro de 2017.
Isso fica mais claro ao se projetar os resultados dos 10 primeiros dias úteis de dezembro (de um total de 20 dias úteis) para a totalidade do mês. Com pouco mais de 50 mil toneladas, a carne suína sinaliza aumento de quase 14%; a bovina, com 126,5 mil toneladas, de mais de 16%; e a carne de frango, com 347 mil toneladas, delineia incremento anual superior a 17%. Ou seja: ainda que os volumes finais sejam menores que os apontados, o aumento em relação a 2017 deve prevalecer para as três carnes.
O mesmo, porém, não pode ser dito em relação ao mês anterior, novembro de 2018. Porque, ainda que alcançados os volumes projetados, o total de carne suína retrocederia mais de 1% e o de carne bovina mais de 3%. Apenas a carne de frango mostra tendência de evolução positiva em comparação ao mês anterior, já que a projeção atual sugere incremento mensal próximo de 17%.