Os dados da SECEX/MDIC indicam que, para a exportação de carnes, a terceira semana de outubro (14 a 20, cinco dias úteis) foi a pior do mês, pois a receita cambial (aqui avaliada pela média diária) retrocedeu ao menor nível das últimas três semanas
Em consequência, a média dos quatorze primeiros dias úteis de outubro (de um total de 22 dias úteis) ficou em US$64,662 milhões, colocando-se 10,6% e 1,7% abaixo do que foi registrado há um mês (US$72,292 milhões/dia em setembro passado) e há um ano (US$65,765 milhões em outubro de 2017).
As reduções na receita, porém, não implicam em concomitância de volume. Porque, em essência, outubro corrente é mês mais longo: um dia útil a mais que outubro de 2017; e três dias úteis a mais que setembro passado. Assim, os desempenhos atuais podem se traduzir nos seguintes resultados finais:
Carne suína: aumento de cerca de 22% sobre setembro passado e de quase 20% sobre outubro de 2017, o que significa chegar às 58,5 mil toneladas;
Carne bovina: a despeito de ligeira redução (menos de 1%) sobre setembro passado, aumento de mais de 25% sobre outubro de 2017 e um volume mensal próximo de 150 mil toneladas – o que, se confirmado, corresponderá ao segundo maior volume mensal já exportado pelo setor.
Carne de frango: perspectiva de chegar-se às 361 mil toneladas, resultado que irá corresponder a aumento de quase 8% tanto sobre setembro último como sobre outubro de 2017, meses em que o volume de produto in natura embarcado ficou pouco acima das 335 mil toneladas.
Porém, comparativamente ao mesmo mês do ano passado, as três carnes continuam registrando significativa queda de preço. A carne bovina, de 6,8%; a de frango, de quase 10%; e a suína, de praticamente 28%.
Em relação ao mês passado, para não fugir à regra, a carne suína é a única exceção: valorização, por ora, de 1,1%. Já carne de frango e bovina enfrentam redução de, respectivamente, 2,2% e 0,4%.