Contrastando com os resultados de junho passado ou, mesmo, de julho de 2017, a SECEX/MDIC continua apontando resultados bastante elevados para as exportações de carnes
É bem verdade que na terceira semana do mês (dias 15 a 21, cinco dias úteis) a receita cambial apontada – US$48,790 milhões, pela média diária – mostrou-se mais condizente com o momento (sabidamente difícil) vivido pelas exportações brasileiras de carnes.
Mas ainda que corresponda à realidade, tal resultado acaba influenciado – e distorcido – pelos altos números das duas semanas iniciais do mês: US$85,663 milhões e US$91,121 milhões, respectivamente, receitas nunca antes registradas pelo setor.
De toda forma, projetados os números divulgados para a totalidade do mês (faltam, agora, apenas sete dias úteis para o fechamento de julho) verifica-se que as exportações de carne suína podem ficar próximas das 60 mil toneladas, as de carne bovina em torno das 134 mil toneladas e as de carne de frango em pouco menos de 450 mil toneladas.
Repetindo bordão anterior, será ótimo se for verdade, pois tais embarques representarão, em relação a julho de 2017, aumentos de 21,6%, 27,7% e 26,7% para, respectivamente, as carnes suína, bovina e de frango.
Infelizmente, porém, a comparação com o mês anterior sinaliza que algo continua equivocado. Pois os volumes apontados revelam expansão por demais exagerada. Mais exatamente, de quase 100% para a carne suína, de perto de 150% para a carne bovina e de mais de 100% para a carne de frango.