Agora é Lei: Dia da Pamonha será comemorado em 3 de fevereiro

Em reconhecimento a economia e cultura agrícola, Lei cria oficialmente o Dia da Pamonha em Goiás. Segredos do preparo da pamonha Goiana são revelados em vídeo no final desta matéria

O estado de Goiás, conhecido por sua rica tradição culinária, adiciona mais um capítulo ao seu repertório gastronômico com a instituição do Dia Estadual da Pamonha Goiana. O governador Ronaldo Caiado oficializou a celebração através da Lei nº 22.535, dedicando o dia 3 de fevereiro a homenagear essa iguaria que há gerações conecta as pessoas às tradições agrícolas e culturais do estado.

Uma homenagem à pamonha Goiana

Proposto pelo deputado Gugu Nader, do partido Agir, o projeto de lei nº 6442/23 foi aprovado e agora estabelece não apenas o Dia Estadual da Pamonha Goiana, mas também o Festival da Pamonha Goiana em Goiânia. Este evento tem como propósito celebrar o início da colheita da safra de milho, componente essencial para a produção dessa delícia local.

A sanção da lei, realizada pelo governador, foi um passo significativo para oficializar a importância da pamonha na culinária goiana. Com a data marcada para 3 de fevereiro a partir deste ano, os goianos terão a oportunidade de homenagear e celebrar uma tradição culinária que transcende o tempo.

A importância cultural da pamonha

A pamonha, de origem indígena, tornou-se um símbolo gastronômico de Goiás. Originária do tupi pamunã, essa iguaria é uma representação viva da cultura rural do estado. A pamonhada, uma tradição em que as pessoas se reúnem para fazer pamonhas em grupo, é um evento que celebra não apenas a colheita do milho, mas também fortalece laços familiares e comunitários.

Além da variação doce, recheada com queijo, a tradição goiana inclui pamonhas salgadas, com ingredientes como linguiça e pimenta, proporcionando uma experiência gastronômica diversificada e única.

Reconhecimento da economia e cultura agrícola

O projeto de lei não apenas enaltece a pamonha, mas também destaca a relevância econômica e cultural da safra de milho em Goiás. O cereal, utilizado na produção da pamonha, desempenha um papel crucial na diversificação da produção agrícola.

De acordo com a Junta Comercial de Goiás (Juceg), o estado possui mais de 11 mil pamonharias registradas. Cidades como Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis têm centenas de estabelecimentos dedicados a essa iguaria, representando não apenas uma tradição culinária, mas também uma atividade econômica significativa.

Festival da Pamonha

O Festival da Pamonha Goiana, que terá sua primeira edição em breve, promete ser mais do que uma celebração culinária. Será uma oportunidade para os participantes degustarem essa delícia, conhecerem os produtores locais, compreenderem o processo de produção e fortalecerem os laços com a rica cultura goiana.

Com a oficialização do Dia Estadual da Pamonha Goiana, Goiás reforça seu compromisso em preservar e promover sua herança cultural, convidando todos os goianos e visitantes a participar dessa celebração que aquece corações e paladares. Que venha o 3 de fevereiro, o dia dedicado a homenagear a pamonha e exaltar a riqueza culinária de Goiás.

Receita e os segredos da pamonha Goiana

A pamonha goiana, tesouro culinário do estado, guarda em suas dobras e sabores segredos passados de geração em geração. Em um relato autêntico e enriquecedor, o canal Haroldo Resende compartilhou os detalhes essenciais para preparar a “melhor de todas” as pamonhas.

O processo começa nas raízes da roça, onde a escolha do milho é crucial. “Não pega o milho sem cabelo“, adverte, explicando que o milho deve ser colhido no ponto certo, não muito seco e com o cabelo mais para a tendência de seco. O cuidado na seleção é o primeiro passo para garantir a qualidade da pamonha.

O segredo é a quantidade de óleo“, revela o vídeo, destacando a importância de aquecer a gordura antes de adicioná-la à massa. Ele enfatiza que não se deve passar a massa na peneira, a menos que o milho esteja excepcionalmente duro.

A doçura da pamonha é cuidadosamente equilibrada, com açúcar e sal sendo adicionados no momento certo. A pitada de sal após o açúcar garante que a pamonha não fique excessivamente doce. Cada passo, desde a mistura da massa até o processo de dobrar os copinhos de palha, é realizado com maestria.

Essa técnica única de fechar os copinhos usando ligas de borracha, garantindo que as pamonhas permaneçam intactas durante o cozimento. A água fervente é essencial para evitar que a pamonha se desfaça, e o tempo de cozimento, cerca de 20 a 25 minutos, é crucial para garantir a perfeição de cada uma. Aperte o play no vídeo abaixo e confira os segredos da pamonha Goiana.

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