Conheça os principais problemas, como prevenir e tratamentos disponíveis.
O Brasil ocupa um dos primeiros lugares em produção pecuária, no mundo. O setor é um dos principais na economia e, além de abastecer o mercado interno, exerce um grande destaque nas exportações. A atual posição do agronegócio brasileiro está exigindo dos pecuaristas um maior entendimento dos reais problemas que impactam seu sistema produtivo. Algumas doenças comuns podem causar muitos prejuízos aos rebanhos de gados de corte e é importante estar atento aos sintomas, além de saber como prevenir ou tratar essas enfermidades.
O médico veterinário Bruno Lima, gerente técnico da linha bovinos da Virbac, destaca as principais doenças que acometem o rebanho, mas podem ser evitadas com as medidas adequadas.
Clostridioses
As clostridioses são um grupo de doenças causadas por bactérias do gênero Clostridium e acarretam prejuízos estimados em R$ 1,5 bilhão, anualmente. Altamente contagiosas, essas bactérias estão presentes no solo, pastagens, água e alimentos de origem vegetal, e são capazes de sobreviver por um longo período em áreas contaminadas.
“No Brasil, as clostridioses estão espalhadas por todo o território nacional e podem provocar grandes perdas. Mas, muitas vezes, suas consequências são atribuídas erroneamente a picadas de cobras ou intoxicações por plantas. O desenvolvimento rápido da doença, aliado à ação das toxinas lançadas no organismo, provoca um grande número de casos de morte rápida, mascarando a sintomatologia e dificultando o diagnóstico correto pelo criador”, explica o veterinário.
Entre as clostridioses mais comuns estão: Botulismo, Carbúnculo Sintomático, Gangrena Gasosa ou Edema Maligno, Morte Súbita, Hepatite Necrótica, Hemoglobinúria Bacilar, Enterotoxemia e Doença do Rim Polposo. Por serem bactérias extremamente resistentes, é praticamente impossível eliminá-las da propriedade. A melhor forma de controle é a adoção de um programa de vacinação do gado.
“É necessário escolher uma vacina eficaz, com uma programação de aplicações capaz de controlar as doenças no rebanho, considerando que os animais estão em contato permanente com os agentes causadores. A boa prática determina que se administre um reforço, entre 21 e 30 dias após a primeira dose e reforço anual. Recomenda-se, em áreas onde ocorreram surtos de clostridioses, a vacinação de todos os animais da propriedade a cada seis meses, pelo menos durante os dois primeiros anos após o surto”, comenta Bruno. Para esse tratamento, a Virbac oferece a vacina Clostrisan 11.
Doenças reprodutivas
Estima-se que aproximadamente 50% das perdas embrionárias e fetais em bovinos estejam relacionadas a agentes infecciosos causadores de doenças reprodutivas, presentes no sistema reprodutivo dos touros e das vacas. Os mais comuns no Brasil são os vírus da Diarreia Viral Bovina (BVD) e da Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR), além das bactérias causadoras de Campilobacterioses e Leptospiroses.
Sintomas como repetição de cio, abortos, mortalidade embrionária e baixa taxa de natalidade são os principais sinais da presença dessas infecções no rebanho. “Essas doenças podem ser controladas com a adoção de calendários sanitários com vacinas reprodutivas, como Bovigen Repro Total SE. Um estudo feito com 323 vacas sob condições de pastagens, sem histórico de vacinação para doenças reprodutivas, mostrou a eficiência o tratamento. Após 30 dias da inseminação artificial, o grupo vacinado com Bovigen Repro Total SE apresentou 54,49% de prenhez contra 46,16% do grupo não vacinado. Após 67 dias, as perdas embrionárias foram de 1,10% nas vacas vacinadas e de 9,72% no grupo não vacinado”, destaca o especialista.
Deficiência mineral
Grande parte dos problemas reprodutivos de bovinos no Brasil está relacionada a carências nutricionais. A maioria das forrageiras tropicais não apresenta quantidades necessárias de nutrientes essenciais para o crescimento, desenvolvimento e reprodução dos bovinos. Neste cenário, é preciso suplementar os animais para suprir os minerais e garantir sua manutenção e produtividade.
A suplementação mineral pode ser feita de forma injetável ou oral, a mais conhecida. O procedimento injetável é um conceito novo no país, porém oferece, como grande vantagem, a segurança de que todo mineral aplicado no animal será aproveitado, evitando perdas por fatores ambientais e de manejo, que possam comprometer sua absorção.
Bruno afirma que a mineralização injetável na reprodução dos bovinos tem o objetivo de suplementar rapidamente os nutrientes essenciais, quando há aumento na demanda por minerais. “O Fosfosal é um multimineral injetável formulado especialmente para atender às necessidades do rebanho brasileiro e melhorar o seu potencial produtivo. Em alguns casos, sua utilização ainda pode ser aliada ao Fort Up, também indicado para a deficiência de minerais.”
Doenças parasitárias
Parasitas podem tornar os animais subprodutivos e, com isso, trazer prejuízos aos pecuaristas. Investir no controle de manifestações é uma saída eficaz e de baixo custo. A ocorrência das parasitoses é consequência de uma série de fatores ligados não só ao parasita, mas também ao hospedeiro, ao meio ambiente e manejo na propriedade.
Os animais jovens são mais suscetíveis, devido à imunidade ainda não estar completamente estabelecida. Uma boa nutrição aumenta a resistência do gado às infecções parasitárias, e a correta suplementação mineral do rebanho ajuda a diminuir o grau de infecção. Além disso, existem estratégias de manejo que podem ser utilizadas no calendário sanitário das fazendas para um controle integrado dos parasitas. Isso é essencial para reduzir a contaminação dos animais e da pastagem, e manter a eficácia dos medicamentos antiparasitários.
“Existe um grande número de drogas antiparasitárias no mercado. O uso correto e racional desses produtos é que tem sido o grande desafio dos técnicos e produtores. A escolha do produto adequado, seu uso na hora correta, obedecendo as suas especificações, certamente trarão os benefícios esperados. Estima-se que 80% das doses desses medicamentos sejam utilizadas de forma inadequada”, salienta Bruno.
É importante destacar que somente uma pequena parcela dos animais apresenta sinais clínicos visíveis, como perda de peso significativa, anemia, diarreia e pelagem opaca, em consequência das infecções parasitárias. Esse é o grande problema, pois o pecuarista não consegue identificar que os animais estão doentes. Para prevenção e tratamento, a Virbac oferece o Virbamec Platinum, aliado ao Fort Up, que aumenta a imunidade e também atua no controle de parasitas nas fazendas.
Doenças respiratórias
Os problemas respiratórios costumam afetar os animais no início do confinamento, mas podem ocorrer em outros momentos. São desencadeados por fatores que causam a baixa imunidade, entre eles, estresse de transporte, superlotação, calor ou frio excessivo, instalações com ventilação deficiente, concentrações elevadas de lama, urina e poluentes no ar, alimentação inadequada e mudanças bruscas na dieta. Isso favorece o surgimento de doenças virais (IBR – Rinotraqueíte Infecciosa Bovina, PI3 – Parainfluenza Bovina Tipo 3 e BRSV – Vírus Sincicial Respiratório Bovino), que deixam o sistema respiratório vulnerável à multiplicação de bactérias, resultando em um quadro grave que pode comprometer o ganho de peso ou até mesmo levar o animal à morte.
Estudos mostram que a incidência de doenças respiratórias em rebanhos bovinos pode girar em torno de 14,4%. “A pneumonia geralmente se apresenta de forma aguda, com sintomas bastante claros, como tendência ao isolamento, secreções nasais, falta de apetite, tosse e temperatura superior aos 39,5º C. A rapidez na realização do tratamento é crucial para sua efetividade”, explica o veterinário da Virbac.
“Para tratar as enfermidades respiratórias em confinamentos, recomenda-se o uso de antibióticos de amplo espectro que tenham ação rápida e duradoura, como o Maxflor 40%. Salientamos que outros fatores são determinantes para o sucesso do tratamento: a rapidez na intervenção, o uso racional de antibióticos e o conhecimento dos agentes prevalentes no rebanho.”
A prevenção das doenças respiratórias pode ser feita com o uso de vacinas para proteção do rebanho. A Bovigen V4J5 é a mais completa para essa finalidade, pois, além de prevenir contra os agentes virais mais frequentes dos confinamentos, protege contra as principais bactérias (Pasteurella multocida e Mannhemia haemolytica).
Prevenção e tratamento
Clostridioses
Clostrisan 11®
Doenças reprodutivas
Bovigen Repro Total SE®
Deficiência mineral
Fosfosal® e Fort Up
Doenças parasitárias
Virbamec Platinum® e Fort Up
Doenças respiratórias
Maxflor® e Bovigen V4J5®
Sobre a Virbac
Fundada na França em 1968 pelo médico veterinário Dr. Pierre Richard Dick, a Virbac ocupa hoje a 7ª posição no ranking mundial das companhias farmacêuticas veterinárias. Transformou-se em marca de referência no mercado veterinário global devido a uma grande linha de produtos biológicos e farmacêuticos que previnem e combatem as principais patologias dos animais domésticos e de criação, com destaque para a linha de produtos dermatológicos, líderes mundiais de vendas. A Virbac está presente em mais de 100 países com produtos e serviços que trazem, juntos, qualidade, eficácia e facilidade de utilização a todos os envolvidos no cuidado animal. Site: www.virbac.com.br