José Bento Ferraz, um dos maiores especialistas em melhoramento genético do Brasil, abordou genética e produtividade em sua palestra
Os desafios do melhoramento genético da pecuária de corte foi o tema central de palestra do Prof. José Bento Ferraz, da USP Pirassununga, na BeefExpo, em São Paulo.
O especialista destacou a importância da utilização de animais melhoradores na atividade para o aumento da produtividade, seja na oferta de bezerros de qualidade, seja na terminação mais rápida dos bovinos para abate.
O Professor também falou sobre os bovinos compostos, que se adaptam facilmente às condições de criação brasileira.
Segundo ele, existe o empresário da pecuária e o pecuarista. O empresário da pecuária de cria, por exemplo, foca na precocidade de novilhas, buscando que pelo menos 50% delas fiquem prenhes quando expostas aos touros aos 14 a 16 meses de idade. Além disso, tem metas de chegar a 75% de taxa de prenhez nas fêmeas.
Vale ressaltar a importância da busca de material genético de qualidade.
Bovinos Compostos
O Montana foi citado pelo Prof. Bento Ferraz como uma raça desenvolvida para aproveitar a heterose, que pode elevar em até 30% a produtividade. Ele destacou o desempenho da raça no país. “O Montana possui diversas composições raciais distintas, podendo ser utilizada em diversas regiões do país. Recentemente, analisamos o desempenho do Montana no sudoeste de Goiás, onde vimos uma boiada de 23 meses com 27 arrobas, desmama com 285 kg e 59% de rendimento de carcaça. São resultados excelentes que comprovam que o investimento em raças originadas por biotecnologias é eficiente para quem sabe utilizá-las”.
Edição: Agronews