A meta de atingir o patamar de 10 milhões de toneladas de soja no Paraguai, um sonho que existe há, pelo menos, quatro safras, finalmente pode ter sido atingida. Embora os números ainda não estejam completamente consolidados, o Ministério da Agricultura do país e os próprios produtores não têm muitas dúvidas sobre a conquista. “Eu nunca vi uma safra tão espetacular”, resume Vilmar Richter, produtor e cerealista de Naranjal, cidade localizada a 100 km da fronteira com o Brasil.
Richter, que está desde 1979 no país, e cultiva 1 mil hectares, obteve produtividades de até 80 sacas por hectare, 14 sacas acima da média nacional nesta temporada: 66 sc/ha. “O clima foi muito bom, choveu quando precisávamos, o mesmo aconteceu com o sol. Foi perfeito. Queria poder mentir, diminuir um pouco os meus resultados, mas não dá”, brinca.
A opinião é dividida por outro produtor e cerealista, Breno Batista Bianchi, que planta um pouco mais ao Norte de Richter, em Hernandarias, já na fronteira com o Brasil. Bianchi, que está há 40 anos no país vizinho, também nunca viu nada igual no país. A produtividade nos 1 mil hectares dele foi de 68 sc/ha. “Algumas regiões do país até tiveram problemas pontuais, mas nada que atrapalhasse o resultado final”, diz.