Depois de caírem com força entre março e abril, os valores do suíno vivo iniciaram um movimento intenso de recuperação em todas as praças acompanhadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Neste mês de julho, a alta nas cotações tem sido reforçada pela baixa oferta de animais em peso ideal para abate.
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Do lado da demanda, pesquisadores do Cepea indicam que a reabertura parcial do comércio em importantes regiões consumidoras em junho seguiu favorecendo a procura pela carne suína ao longo de julho. Além disso, as exportações brasileiras da proteína continuam registrando bom desempenho, o que tem limitado ainda mais a disponibilidade doméstica. De acordo com dados da Secex, os embarques diários da carne apresentam média de 4,1 mil toneladas neste mês, 1% abaixo da registrada em junho/20, mas 57% acima das 2,6 mil toneladas de julho/19.
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Diante disso, em algumas regiões, especialmente nas de Santa Catarina, os valores médios diários do suíno atingiram patamares recordes reais da série histórica do Cepea (iniciada em 2002) – as médias mensais foram deflacionadas pelo IGP-DI. Já em termos nominais, ou seja, sem considerar a inflação, o animal é negociado nas máximas da série do Cepea em praticamente todas as praças.
Na parcial de julho (de 30 de junho a 23 de julho), o Indicador CEPEA/ESALQ do suíno de Santa Catarina subiu expressivos 40%, atingindo R$ 5,93/kg nessa quinta-feira, 23, recorde real da série do Cepea. No Paraná, o Indicador do animal vivo registra alta mensal de 42%, fechando a R$ 6,05/kg nessa quinta-feira, 16 centavos abaixo do recorde real deste estado, registrado em outubro de 2014.
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Em Minas Gerais, o Indicador do suíno apresenta alta de 32% na parcial de julho, fechando a R$ 6,99/kg nessa quinta, se aproximando da máxima deflacionada, de R$ 7,12/kg, verificada em novembro de 2014. Em São Paulo, o Indicador CEPEA/ESALQ do vivo fechou a R$ 6,41/kg, com avanço de 34% neste mês. A média do dia 23 está abaixo do recorde real, de R$ 7,34/kg, observado em novembro de 2014.
CUSTOS DE PRODUÇÃO TAMBÉM ESTÃO EM ALTA – Mesmo com as valorizações intensas do suíno, o custo de produção da atividade também está em alta. Os preços do farelo de soja e do milho, importantes insumos de alimentação, estão em patamares elevados, segundo mostram levantamentos da Equipe Grãos/Cepea. Além disso, a forte valorização do dólar também encareceu importantes insumos que são importados.
Fonte: Cepea
AGRONEWS BRASIL – Informação para quem produz