Considerada a média diária embarcada, o volume de carne de frango in natura exportado na terceira semana de abril (15 a 21, cinco dias úteis) retrocedeu ao menor volume dos últimos tempos. Correspondeu a 8.940 toneladas/dia, resultado que trouxe a média dos primeiros 15 dias úteis do mês (de um total de 21 dias úteis) para apenas 12.762 toneladas/dia, mais de 20% a menos que as médias diárias registradas em março passado e em abril de 2017
Projetada para a totalidade do período, a atual média sinaliza embarque mensal da ordem de 268 mil toneladas, resultado que, se confirmado, significará redução de 23,5% sobre o mês anterior e de 8,6% sobre o mesmo mês do ano passado. Será, também, o menor volume em quase 40 meses, permanecendo acima, apenas, dos valores registrados no bimestre janeiro-fevereiro de 2015, ocasião em que os embarques médios ficaram ligeiramente aquém das 260 mil toneladas mensais.
A ressaltar que o fraco resultado até agora registrado refere-se especificamente ao produto in natura, ou seja, não inclui, por exemplo, a carne de frango salgada, razão dos embargos impostos ao produto brasileiro pela União Europeia.
Uma vez que o produto in natura direcionado à UE tem pequena representatividade nas exportações brasileiras de carne de frango (em 2017, pouco mais de 1,5% dos quase 4 milhões de toneladas exportadas de frango in natura), só se pode concluir que a presente queda está relacionada a outros importadores.
Provavelmente, à Arábia Saudita, que estabeleceu o prazo-limite de 30 de abril para receber frangos que, mesmo abatidos dentro dos preceitos Halal, são submetidos a um pré-atordoamento através de choque elétrico.