Embora, pela média diária, os embarques do mês tenham recuado quase 20%, o simples fato de agosto ter um dia útil a mais (23, contra 22 de julho passado) contribuiu para uma ligeira minimização da queda nas exportações de carne de frango in natura
A SECEX/MDIC apontou, para o oitavo mês do ano, embarques próximos de 368,5 mil toneladas, resultado que significou redução de, praticamente, 16% sobre as (questionáveis) 438.296 toneladas do mês anterior e de cerca de 4% sobre as 382.465 toneladas de agosto de 2017.
Notar que, a despeito dessas quedas, o volume alcançado em agosto permanece bem acima da média registrada nos 36 meses decorridos entre julho de 2015 e junho de 2018, da ordem de 325 mil toneladas mensais (neste caso desconsiderou-se a exportação de julho passado, cujo alto valor parece conter dados não contabilizados do mês anterior). Assim, mantido (ainda que aproximadamente) o mesmo desempenho de agosto, a tendência é de reversão do quadro negativo até aqui observado.
No mês houve avanço no preço médio que, próximo de US$1.550,00 por tonelada, registrou o melhor resultado dos últimos seis meses. Esse resultado, em relação ao mês anterior, significou evolução de quase 3%, mas em relação ao mesmo mês do ano passado persistiu redução ligeiramente superior a 4%.
O resultado final foi uma receita cambial 13,5% e quase 8% menor que as registradas em julho passado e em agosto de 2017. De toda forma, os mais de US$571 milhões assinalados pela SECEX/MDIC corresponderam ao segundo melhor resultado dos últimos 12 meses e, como ocorreu com o volume, ficaram bem acima da média (US$507,3 milhões) registrada nos 36 meses decorridos entre julho de 2015 e junho de 2018.
Por ora e comparativamente aos mesmos oito meses de 2017, as exportações da carne de frango in natura apresentam queda de pouco mais de 5% no volume, de 4% no preço médio e de quase 10% na receita cambial. Mas esses índices tendem a uma redução no quadrimestre final do ano.