Pesquisadores tentam entender a influência que isso exerce na produtividade e nos custos de produção da oleaginosa
Dentre as práticas de manejo da soja, o ajuste do arranjo espacial de plantas vem sendo avaliado para verificar a influência que exercem na produtividade da soja, nos custos de produção e, consequentemente, na rentabilidade da cultura.
Nessa perspectiva, para entender que impactos os diferentes arranjos de plantas provocam na infestação e no controle de insetos-praga na cultura da soja, um grupo de pesquisadores conduziu ensaios de campo na safra 2012/2013 em três municípios: Botucatu, SP, Londrina, PR, e Rio Verde, GO.
Nos ensaios, foram avaliados quatro arranjos de semeadura – convencional, fileira dupla, plantio cruzado e reduzido – com duas cultivares de soja – crescimento tipo determinado e indeterminado. Os espaçamentos e as densidades de plantas foram diferentes, de acordo com as localidades.
Os resultados mostraram que os percevejos não foram impactados pelos diferentes arranjos. E, apesar da tendência de menores infestações de lagartas por metro linear nos arranjos de semeadura cruzado e reduzido, o pesquisador diz ser preciso levar em conta os impactos desses diferentes arranjos sobre a tecnologia de aplicação dos inseticidas, que poderia ser prejudicada nesses espaçamentos menores.
Na avaliação do pesquisador, reduzir a qualidade da cobertura da pulverização na planta, em especial dos inseticidas que agem por contato, poderia inviabilizar o cultivo da cultura.
As propostas de diferentes arranjos têm duas vertentes: alterar a densidade de plantas em um mesmo espaçamento; e alterar o espaçamento entre linhas em uma mesma densidade.
O manejo de pragas não pode ser avaliado isoladamente na proteção fitossanitária da soja.
O impacto dos diferentes arranjos na incidência de insetos-praga, plantas daninhas e doenças precisa de uma análise global antes de se apontar um melhor ou pior arranjo.
Fonte: Embrapa
Edição: Agronews