Por meio da atuação da unidade localizada na fronteira entre o Pantanal brasileiro e boliviano em Corumbá (MS), a Embrapa enviou representantes a encontros realizados para aproximar a instituição do governo, entidades de pesquisa e extensão rural do país vizinho. “Discutimos as demandas do setor agropecuário da Bolívia em uma reunião com representantes do setor produtivo local, do governo do departamento de Santa Cruz, como o Secretário de Desenvolvimento Produtivo, Indústria e Comércio Luis Alberto Alpire, e também com representantes do Centro de Investigação Agrícola Tropial (Ciat). Nesse contexto, pudemos falar sobre o futuro das ações da Embrapa Pantanal e toda a rede associada a ela”. A fala é de Jorge Lara, pesquisador e chefe-geral da Embrapa Pantanal.
“Nós aproveitamos para estreitar os laços e devemos, junto à sede da Embrapa, buscar uma ligação entre a nossa empresa e o Ciat para beneficiar a região do Pantanal, em primeiro lugar, e depois expandir essa atuação a outros locais da Bolívia – como as províncias do departamento de Santa Cruz, o maior dentro do Estado Boliviano”, afirma o chefe-geral. De acordo com Lara, algumas demandas se destacaram entre aquelas citadas pelo país vizinho durante a reunião: a transferência de tecnologias, técnicas e boas práticas para o desenvolvimento agropecuário sustentável dentro da cadeia produtiva boliviana e transições agroecológicas para a agricultura familiar.
A unidade pantaneira de pesquisa da Embrapa recebeu, ainda, a visita de integrantes da Secretaria de Agricultura Familiar do departamento de Santa Cruz. Segundo o chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia e Negócios, Thiago Coppola, as discussões giraram em torno de uma parceria estabelecida entre a Embrapa Pantanal, a Secretaria e a Fundação Trabalho Empresa (que atua, entre suas atribuições, com extensão rural no país vizinho) para levar tecnologias a agricultores familiares localizados a cerca de 80 km de Corumbá – trabalhando, assim, questões como a transição agroecológica e recomendações na produção de laticínios. A próxima reunião entre as entidades deverá acontecer na cidade de Porto Suarez, Bolívia.
“Nós acreditamos que essas reuniões irão resultar, sim, em parcerias, convênios e outras ações efetivas. A evolução desses contatos depende não apenas da Embrapa, sua unidade no Pantanal ou dos técnicos da Bolívia; depende, ainda, dos acordos e interesses binacionais”, finaliza Jorge Lara.
Fonte: AgroLink