Em Campo Grande será possível fazer agora, num mesmo local, pesquisas sobre aftosa, influenza aviária etc
É inédito. Agora será possível estudar em um mesmo laboratório bactérias causadoras de tuberculose bovina, botulismo, antrax, salmonelose e de intoxicações alimentares. Também desenvolver testes e vacinas para doenças como a brucelose e trabalhos de pesquisa com príons (proteínas) causadores de encefalopatias espongiformes (vaca-louca), sempre de acordo com as mais avançadas normas de biossegurança do mundo.
É o chefe-feral da Embrapa Gado de Corte, de Campo Grande (MS), Cleber Soares, que acaba de me comunicar a inauguração do Laboratório Multiusuário de Biossegurança para a Pecuária (Biopec). Será quinta-feira (30/3), às 14 horas, naquela cidade.
Tem mais novidade: “Com o Biopec, o Brasil muda de estágio no desenvolvimento de um conjunto significativo de pesquisas em pecuária. Por exemplo: agora será possível fazer, também em um mesmo local no país, pesquisas relacionadas a agentes de alto risco como vírus da febre aftosa, da influenza aviária e da influenza suína”, informa Cleber.
A área total do laboratório é de aproximadamente 1.000 m2, das quais 500 m2 com infraestrutura contendo área de contenção em biossegurança nível 2 e nível 3, além de uma inédita estrutura para biotério de manutenção e experimentação animal Nível 3.
A previsão é que comece a funcionar em abril, com início de operação pelas salas de apoio, onde há infraestrutura em biologia molecular e para operações de suporte. Logo depois começa o funcionamento dos laboratórios dos níveis mais avançados e o biotério de experimentação.
Para a construção do Laboratório Multiusuário de Biossegurança para Pecuária (Biopec) foram investidos R$ 10 milhões. Os recursos têm como origem o orçamento da Embrapa e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), segundo Cleber Soares.
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, e o presidente da Embrapa, Maurício Lopes, confirmaram presença.