Equipamento de baixo custo mede a força com que a água é retida no solo e nos substratos
O esforço para assegurar a propriedade intelectual de uma inovação no país e no exterior refletiu em mais uma conquista para a pesquisa com a concessão de patente pelo escritório do Estados Unidos (USPTO) ao sensor Diédrico. A concessão ocorreu no começo de março, apenas três anos após o pedido.
Esta é a terceira patente obtida pela tecnologia, desenvolvido pela Embrapa Instrumentação, de São Carlos, SP, e em menos de dois anos. Em 2016, o sensor recebeu duas concessões, uma na Austrália e outra na China.
A supervisora do Setor de Gestão da Prospecção e Avaliação de Tecnologias , Sandra Protter Gouvêa, lembra que ter patente ou registro concedido por um escritório – de um país ou região – confere a exclusividade de exploração comercial, mesmo que por tempo definido, no território que a concedeu.
Sensor – No Brasil, a tecnologia é oferecida em duas versões, fixa e portátil, pela Tecnicer Tecnologia Cerâmica Ltda, com sede em São Carlos, SP. A empresa já está produzindo os sensores em escala industrial e comercializando para todo o território brasileiro.
Responsável pelo desenvolvimento, o pesquisador Adonai Gimenez Calbo diz que o sensor pode até operar sem uso de energia elétrica. A tecnologia vai ajudar produtores rurais e donas de casa que cultivam plantas em vasos e em mini-hortas. O instrumento serve para qualquer tipo de cultura e pode ser adaptado a todas as regiões do país.
O pesquisador explica que o sensor Diédrico é formado por duas placas, uma de vidro e outra de cerâmica; ambas de vidro ou ambas de cerâmica. Esse sensor pode ser de leitura visual, pneumática ou elétrica e funciona como um termômetro que, em vez de temperatura, mede a força com que a água é retida no solo e nos substratos.
Fonte: Embrapa