A área destinada ao algodão da safra 2023/24, em Mato Grosso, ficou projetada em 1,46 milhão de hectares, 1,62% maior que o previsto no último relatório e 21,71% que o observado na safra passada
O incremento é pautado, principalmente, pela melhor rentabilidade do algodão em relação ao milho, o que estimulou os cotonicultores, que já possuíam a estrutura necessária para cultivar o algodão, a investirem na cultura.
Em relação à produtividade, o IMEA reajustou a projeção do rendimento médio do estado para 291,16 @/ha. Apesar de a média estar em linha com a do último relatório, houve ajustes nas regiões, com destaque
para a Oeste, que exibiu incremento de 0,89% em agosto ante a julho.
Por outro lado, as regiões Nordeste e Sudeste apresentaram reduções de 0,68% e 0,65%, no mesmo comparativo, respectivamente. Cabe destacar que a colheita ainda está em andamento no estado, e com o avanço dos trabalhos à campo será possível mensurar, com maior precisão, o rendimento final da temporada. Assim, com os ajustes realizados na área e produtividade do estado, a produção do algodão em caroço ficou projetada em 6,39 milhões de toneladas, volume 1,62% superior ao estimado no mês passado.
Por fim, com rendimento médio previsto em 41,54% para a pluma, a produção da fibra ficou estimada em 2,66 milhões de toneladas.
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Estimativa da demanda de pluma de algodão em Mato Grosso
A demanda total da pluma mato-grossense, para a safra 2022/23, foi reajustada, em agosto, para 2,22 milhões de toneladas, 1,49% superior ao que foi projetado em julho. Esse incremento mensal foi pautado pelo maior volume de pluma destinado ao mercado externo, tendo em vista que no mês de julho se encerra o ciclo de envios da temporada 2022/23, e o ritmo dos embarques permaneceu aquecido.
Diante disso, os estoques finais reduziram 6,81% no comparativo mensal, totalizando 445,98 mil toneladas de fibra, das quais 401,12 mil toneladas foram comercializadas, no entanto, serão escoadas no ciclo comercial da safra 2023/24 (ago/24 a jul/25).
No que tange os dados para a safra 2023/24, não houve grandes alterações. Apesar do aumento da oferta, devido à expectativa de maior produção na temporada, a demanda pela fibra permaneceu projetada em
2,41 milhões de toneladas, aumento de 6,53% ante a safra 2022/23.
Desse modo, espera-se que 1,80 milhão de toneladas sejam destinadas à exportação, e que 614,33 mil toneladas da fibra sejam consumidas no mercado nacional, considerando a soma do consumo interestadual (583,80 mil toneladas) e de Mato Grosso (30,53 mil toneladas).
Assim, diante do aumento da oferta e manutenção da demanda em agosto ante julho, os estoques finais exibiram aumento no comparativo mensal, ficando estimados em 691,71 mil toneladas de fibra, sendo que
desse total, há uma parcela que já terá sido comercializada, porém, será escoada no ciclo comercial da safra 2024/25.
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