Segundo a Abiarroz e o Sindarroz-RS, país embarcou 146,5 mil toneladas do grão no mês passado
Apesar das adversidades globais impostas pela pandemia de covid-19, provocada pelo novo coronavírus, as exportações brasileiras de arroz (base casca) aumentaram 75,6% em abril em relação a março deste ano. No mês passado, o Brasil embarcou 146,5 mil toneladas, tendo como principais destinos Cuba, Peru e Venezuela, segundo a Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz) e o Sindicato da Indústria do Arroz no Estado do Rio Grande do Sul (Sindarroz-RS).
Ainda de acordo com as duas entidades, com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) Ministério da Economia, as importações do cereal em abril totalizaram 71 mil t, 46 mil toneladas a menos do que o volume de março.
“O crescimento das exportações e a queda das importações são reflexos do câmbio, que está impulsionando as vendas externas”, diz o diretor-executivo do Sindarroz-RS, Tiago Sarmento Barata. “A desvalorização do real deu mais competitividade ao arroz brasileiro.”
“Neste momento de condições favoráveis, estamos colhendo os frutos de anos de esforços para abertura e consolidação de mercados internacionais através das ações do projeto Brazilian Rice. No caso do Peru, por exemplo, começamos a desenvolver ações de promoção comercial em 2014 e hoje o país já é nosso principal destino de arroz beneficiado”, enfatiza Gustavo Ludwig, gerente do Brazilian Rice, projeto da Abiarroz em parceria com a ApexBrasil.
Primeiro bimestre
No primeiro bimestre do ano comercial, que começa em março e vai até fevereiro de 2021, as exportações somaram 230 mil toneladas de arroz (base casca), enquanto as importações totalizaram 188 mil t.
Além da depreciação do câmbio, destaca o executivo do Sindarroz, o crescimento das exportações do cereal em meio a um cenário pandemia é resultado de um trabalho estruturado de qualificação da indústria de arroz e dos exportadores, além da valorização da qualidade do produto brasileiro no mercado internacional.
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“Hoje, o Brasil tem o mais importante polo de beneficiamento de arroz do mundo fora do continente asiático. Neste momento em que o planeta inteiro precisa de alimentação nutritiva e barata, estamos cumprindo nossa função no abastecimento e suprindo grande parte das necessidades da população brasileira e de outros mercados”, ressalta Barata.
Conforme o executivo do Sindarroz-RS, as projeções indicam que as exportações de arroz de maio devem ser maiores. “Muitos carregamentos do cereal que saíram em navios em abril não entraram nas estatísticas do mês. Então, os números de maio devem ser ainda mais robustos.”
Por Abiarroz
AGRONEWS BRASIL – Informação para quem produz
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