As exportações brasileiras de arroz (base casca) ganharam fôlego em setembro, apesar das dificuldades provocadas pela alta do preço do frete marítimo
No mês passado, os embarques totalizaram 130.246 toneladas, contra importações de 79.154 t, o que garantiu um saldo de 51.092 t, informa a Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), baseada em números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.
As vendas externas do cereal em setembro superaram em 52.081 toneladas as de igual mês de 2020, quando somaram 78.165 t.
Os principais destinos das exportações em setembro foram Cuba (44.779 t), Venezuela (32.272 t), Senegal (29.558 t), Serra Leoa (11.764 t) e China (3.277 t).
Siga-nos: Facebook | Instagram | Youtube
Segundo a gerente de Exportações da Abiarroz, Carolina Telles Matos, o aumento da demanda mundial pelo cereal e a intensificação das ações promocionais do Projeto Brazilian Rice – desenvolvido pela associação em parceria com a Apex-Brasil – contribuíram para o bom desempenho das vendas externas do setor no mês passado.
Mesmo assim, o cenário ainda é de adversidade para a orizicultura no mercado global, acrescenta o diretor de Assuntos Internacionais da Abiarroz, Gustavo Trevisan. Isso porque, assinala, a elevação dos valores do frete marítimo tem prejudicado as exportações, especialmente para mercados com maior valor agregado, como os do Peru e dos EUA.
“No início do ano, o preço do contêiner para o Peru era de US$ 1 mil e hoje custa US$ 7,5 mil. No mesmo período, o valor do contêiner para os Estados Unidos saltou de US$ 1 mil para cerca de US$ 10 mil”, diz o dirigente da Abiarroz.
AGRONEWS® – Informação para quem produz