As exportações do agronegócio mato-grossense movimentaram US$ 10,948 bilhões este ano, até outubro.
A cifra bilionária resulta do embarque de 32,325 milhões de toneladas de produtos para o mercado internacional. Em comparação com igual intervalo do último ano, há acréscimo de 15,42% no volume de produtos negociados, sobre as 28,004 milhões de toneladas de produtos enviadas a outros países em 2015. Já o faturamento obtido com as vendas internacionais permaneceu equiparado aos US$ 10,848 bilhões acumulados em 2015. Já as importações realizadas pelo Estado despencaram 41,59% pela mesma base comparativa, ao passar de US$ 4,652 milhões em 2015 para US$ 2,717 milhões este ano.
Os dados estatísticos são referentes aos meses de janeiro a outubro de cada ano, e extraídos da base de dados online Agrostat, mantida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Com a manutenção das exportações e queda nas importações, o saldo da balança comercial do agronegócio mato-grossense segue superavitário em US$ 10,946 bilhões e ligeiramente superior aos US$ 10,843 bilhões computados em 2015, até outubro. “As exportações de produtos agropecuários se mantêm porquê há estoque, apesar da quebra de safra este ano”, observa o economista especializado em Comércio Exterior, Vítor Galesso. “Além disso, as exportações de Mato Grosso são baseadas na produção agrícola e por isso a tendência é manter o ritmo de crescimento”.
Perspectiva baseada na evolução da demanda decorrente do aumento da população mundial e melhora do poder aquisitivo dos habitantes de alguns países, especialmente da Ásia. Quanto ao retorno financeiro das exportações, Galesso observa que é influenciado pelo preço das commodities e pela variação cambial.
As exportações brasileiras acumulam saldo de US$ 153,088 bilhões nos 10 primeiros meses deste ano e importações de US$ 114,561 bilhões no mesmo intervalo, que culminou em superavit recorde de US$ 38,5 bilhões, o maior para o período desde o início da série histórica, em 1989, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic). Em 2015, de janeiro a outubro, o saldo positivo tinha sido de US$ 12,248 bilhões, valor mais de 3 vezes inferior. “Apesar do saldo recorde, na comparação com o mesmo período de 2015, as exportações de janeiro a outubro, pela média diária, registraram retração de 5,1%, e as importações foram 23,1% menores”, informa o Ministério.
Conforme o diretor de Estatísticas e Apoio às Exportações da Secex, Herlon Brandão, o ministério mantém a estimativa de superavit comercial entre US$ 45 bilhões e US$ 50 bilhões para este ano. PRODUTOS DE MT – De acordo com as informações disponibilizadas pelo Agrostat, em Mato Grosso há recuo nas exportações de carnes (-11,77%), de produtos do complexo soja (-3,30%), de couro (-22,57%) e de fibras e produtos têxteis (-7,62%). Ao longo dos 10 primeiros meses deste ano foram exportadas 323,231 mil toneladas de carnes que movimentaram US$ 967,795 milhões.
Em 2015, no mesmo intervalo, foram comercializadas 307,009 mil toneladas do produto por US$ 1,096 bilhão. As vendas externas de soja em grão e derivados chegaram ao volume de 19,344 milhões de toneladas que geraram uma receita de US$ 7,236 bilhões este ano, ante US$ 7,483 bilhões negociados em 2015. Os embarques de couros resultaram em US$ 49,358 milhões com a comercialização de 18,378 mil toneladas no acumulado dos 10 primeiros meses de 2016. No último ano, foram negociadas 18,741 mil toneladas pelo montante de US$ 63,750 milhões.As vendas de produtos têxteis para o mercado internacional garantiram US$ 498,373 milhões com o embarque de 336,020 mil toneladas de produtos em 2016. Um ano antes, Mato Grosso comercializou 342,033 mil toneladas por US$ 539,526 milhões.
No segmentos de cereais e farinhas houve elevação de 34,33% nas exportações acumuladas de janeiro a outubro deste ano, sobre igual intervalo de 2015. Neste grupo enquadram-se as exportações de milho em grão. O volume embarcado no período chega a 11,982 milhões de toneladas, com um faturamento de US$ 2,015 bilhões em 2016. Um ano antes foram exportadas 8,481 milhões de toneladas de cereais por US$ 1,5 bilhão. O setor sucroalcooleiro também expandiu as vendas externas em 60,45% este ano, com embarque de 14,668 mil toneladas de produtos (majoritariamente açúcar) pela quantia de US$ 8,931 milhões. As vendas internacionais dos produtos florestais também aumentaram (28,61%) sobre 2015 e totalizaram 147,449 mil toneladas, negociadas por US$ 104,734 milhões.
Fonte: Gazeta Digital