As exportações totais de carne bovina em setembro (in natura + processada) bateram novo recorde no mês de setembro atingindo um volume de 178.513 toneladas, com um crescimento de 32% sobre o mesmo mês do ano passado quando foram movimentadas 135.467 toneladas
Na receita, o aumento foi de 26%, passando de US$ 554,6 milhões para US$ 698 milhões. Com este resultado, no acumulado do ano, o Brasil já exportou 1.193.605 toneladas do produto, contra 1.064.752 no mesmo período do ano passado, ou seja: uma elevação de 12%. Nas receitas o volume já alcançou US$ 4,9 bilhões contra US$ 4,3 bilhões em 2017, ou 13% de crescimento. Em setembro foram exportadas 150,7 mil toneladas de carne in natura e 28,8 mil toneladas de carnes processadas.
As informações são da Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO) que compilou os dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), através da SECEX/DECEX. Para a ABRAFRIGO, caso as exportações se mantenham no mesmo ritmo de agosto e setembro, que foram recordes, a meta de crescer 10% neste ano será facilmente atingida, podendo se aproximar dos 15%.
A maior responsável por este crescimento continua sendo a China que, através da cidade estado de Hong Kong e pelas importações realizadas pelo continente comprou, nos nove primeiros meses deste ano, 517.084 toneladas do produto brasileiro, contra 392.745 toneladas no mesmo período de 2017. Com isso, aquele país passou a representar 43,3% das vendas brasileiras em 2018, contra 36,9% em 2017. Também apresentaram elevações relevantes o Egito, que passou de 104.618 toneladas em 2017 para 125.576 toneladas em 2018 (+ 20%); o Chile, que foi de 43.910 toneladas para 84.208 toneladas (+92%) e o Uruguai, que saiu de apenas 2.653 toneladas para 37.266 toneladas neste ano (+304%). No total, 100 países aumentaram suas compras enquanto que outros 54 reduziram. Vale o registro, ainda, da ausência da Rússia, que já foi o maior comprador do produto brasileiro em anos passados e que zerou suas importações desde dezembro de 2017. No ano passado aquele país já havia adquirido 116.804 toneladas de carne bovina brasileira.
Por Norberto Staviski/Abrafrigo