Os produtores do Rio Grande do Sul estão sofrendo com a falta de chuva e o calor excessivo
Pelo menos 63 cidades do noroeste gaúcho já declararam situação de emergência. No município de Três Arroios, os caminhões pipas já rodam as comunidades rurais para abastecer as caixas de água. Já são quase 4 meses sem chuvas abundantes e regulares.
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Segundo estimativa da Emater municipal, os prejuízos já passam de 15 milhões de reais. As lavouras mais atingidas são milho, feijão, trigo cevada e a produção de leite, gado e suínos.
A produtora Mara Motter conta que em 80 hectares a perda já é total. Ao todo, 50% de sua área destinada ao milho já foi comprometida por causa da seca.
“O pico de florescimento e fecundação da planta já passou e mesmo que chova agora não iria resolver, ou seja em uma parte desta área não estamos usando nem mais secante.” A produtora rural disse ainda que o milho seco e murcho que perdeu irá para a silagem dos animais após a fermentação com inoculante próprio e bom.
Em sua área de soja, mais prejuízos. A cultura ainda está em fase de germinação em uma época que deveria estar fechando linha no campo, ou seja, a seca está comprometendo também o desenvolvimento da soja.
O produtor rural da cidade de Jóia, no Rio Grande do Sul, Fabricio Machado Nascimento, também relata prejuízos em sua propriedade e fala que está enfrentando uma das maiores estiagens já observadas em sua região. O milho plantado no dia 26 de Agosto está totalmente seco.
Cidade gaúcha prepara decreto emergência
Na cidade gaúcha de Manoel Viana, infelizmente a previsão de estiagem se confirmou e os prejuízos na agropecuária ultrapassam 41 milhões de reais, segundo levantamento da equipe da EMATER do município.
Foi realizado reunião entre Prefeitura Municipal, EMATER e Sindicato Rural para organizar a documentação para o decreto de emergência, para possíveis políticas públicas de ajuda aos produtores rurais, comenta Leandro Vezzosi, da cidade de Manoel Viana.
Outro problema grave que a região enfrenta é o atraso na semeadura da soja que poderá diminuir o potencial produtivo da cultura, finaliza Vezzosi.
Por Agroclima Pro
AGRONEWS BRASIL – Informação para quem produz