Mais atingidas, bezerras podem perder desempenho produtivo durante a vida adulta.
Não é novidade que as baixas temperaturas que marcam a chegada do inverno, ainda combinadas ao ar mais seco deste período, formam um ambiente propício para o aumento dos casos de doenças respiratórias. E não são apenas os seres humanos que podem sofrer com esse tipo de enfermidade. Os bovinos, principalmente quando bezerros, também são acometidos por um complexo de doenças que atinge o sistema respiratório, causando prejuízos para o rebanho, principalmente na pecuária de leite. As Doenças Respiratórias dos Bovinos (DRB) causadas por diversos vírus e bactérias podem evoluir rapidamente para enfermidades mais graves, inclusive levando o animal à morte.
Segundo o médico veterinário do Sistema FAEP/SENAR-PR Alexandre Lobo Blanco, o primeiro estágio da DRB é de forma subclínica, ou seja, sem sinais aparentes. O animal, no entanto, pode apresentar febre e não se alimentar como de costume, se isolando do rebanho. “Muitas vezes o produtor nem percebe que o animal está doente porque não tem costume de aferir a temperatura“, observa.
As bezerras são as mais atingidas pelas doenças respiratórias por ainda estarem em período de formação do sistema imunológico. A maior parte das ocorrências se concentra no período entre quatro a seis semanas, sendo o mais alto risco do nascimento até os 21 dias. A principal forma de garantir a imunidade das bezerras recém-nascidas é por meio do colostro, primeiro leite secretado pela vaca após o parto. “Não existe uma única vacina que combata todas os agentes causadores das doenças respiratórias.
Uma alternativa muito comum no manejo é o programa vacinal, em que as vacas são vacinadas para que o colostro produzido seja mais rico em anticorpos específicos”, aponta Blanco. Cuidados com o rebanho Apesar da maior incidência entre bezerras, a DRB também pode atingir animais adultos. As principais causas que favorecem a manifestação de pneumonia e outras doenças respiratórias são a inadequação de instalações, déficit nutricional e estresse.
“É importante manter instalações secas e arejadas, com boa circulação de ar. Os produtores têm costume de achar que, por causa do frio, a redução da ventilação do confinamento é a melhor opção. Mas isso pode favorecer a propagação de vírus e bactérias“, ressalta o médico veterinário do Sistema FAEP/SENAR-PR.
Além do aumento da temperatura retal e perda de peso, um animal acometido por uma DRB pode apresentar secreção nasal, respiração ofegante, tosse e espirros frequentes, diarreia, apatia e letargia.
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Por: AGRONEWS BRASIL, com informações do Sistema FAEP