O autor da proposta destacou ainda que o fortalecimento da cadeia está diretamente ligado ao melhoramento da produção, industrialização e comercialização.
Considerada a mais autêntica forma de produção familiar, a cadeia produtiva do leite ainda precisa de políticas públicas para se fortalecer e sair da atividade primária. Esse será o principal objetivo da Câmara Setorial Temática (CST) proposta pelo deputado Dilmar Dal’ Bosco (DEM). A CST objetiva representar o produtor nas suas diversas formas de organização, atuando na defesa de seus interesses econômicos e sociais, promovendo seu desenvolvimento tecnológico.
“Só com a consolidação de políticas específicas e a união dos produtores conseguiremos fortalecer o leite, a exemplo do que foi feito com as demais cadeias de Mato Grosso, como a soja, o gado de corte e o algodão. É nossa obrigação buscar mecanismos legais para garantir o desenvolvimento pleno e sustentável dessa atividade”, disse Dal’ Bosco.
O autor da proposta destacou ainda que o fortalecimento da cadeia está diretamente ligado ao melhoramento da produção, industrialização e comercialização. Nesse sentido o poder público precisa contribuir mais na elaboração de projetos que incentivem o consumo interno, viabilizando meios de agregar valor econômico e sanitário aos produtos lácteos.
“Noventa por cento dos produtores de leite de Mato Grosso são da agricultura familiar e têm nessa atividade sua principal fonte de renda. A cadeia precisa ser reconhecida como entidade de referência e agente de transformação colocando o segmento lácteo em destaque no cenário nacional”, vislumbrou Dilmar.
Em Mato Grosso, cerca de 51% dos produtores de leite extraem até 50 litros/dia, ou seja, pertencem à agricultura familiar. A captação total é de aproximadamente 780 milhões de litros ao ano, o que nos coloca na oitava colocação no ranking nacional. De acordo com o gestor executivo da Famato, Carlos Augusto Zanata, o custo de produção varia conforme a propriedade, uma vez que entre os pequenos não há mão de obra contratada e na pecuária intensiva observam-se contratações e investimentos tecnológicos.
A CST do Leite será composta por técnicos da Famato, Senar, OCB, Fetagri, Sindilat, Sedraf, Empaer, Indea e da Assembleia Legislativa de Mato Grosso. O início dos trabalhos deverá ocorrer no mês de março, após a publicação do ato pela Mesa Diretora. O prazo para conclusão é de 180 dias prorrogáveis por mais 180 dias.
Fonte: Só Notícias/Agronotícias