O Fórum Agro MT reuniu-se no início da semana(14/01), na Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), com o vice-governador do Estado, Otaviano Pivetta, e os secretários Rogério Gallo (Fazenda) e Mauro Carvalho (Casa Civil).
O objetivo foi apresentar os impactos que o Projeto de Lei do novo Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) causará ao setor produtivo rural. Esta é a segunda reunião das lideranças do Agro com o governo. As negociações devem continuar até o final desta semana.
Na oportunidade, o superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Daniel Latorraca, fez uma apresentação com base nos dados dos valores já descontados do produtor rural para o fundo e como podem ficar com a nova proposta do governo.
O produtor de soja, por exemplo, que atualmente paga R$ 0,80 de Fethab por saca, com a nova proposta passaria a pagar três vezes mais, ou seja, R$ 2,34 por saca. Os produtores de milho e de cana-de-açúcar, que até então não tinham os descontos, pagariam respectivamente R$ 0,50 por saca e R$ 0,69 a tonelada. No caso do algodão – o setor mais impactado – a cobrança saltaria de R$ 0,21 para R$ 4,17 por arroba. Em relação ao boi, a contribuição direta ao fundo aumentaria de R$ 41,95 por cabeça para R$ 50,95 por cabeça.
Quando comparados aos demais estados do país, os números demonstram que as alíquotas cobradas em Mato Grosso estão bem acima do que é praticado em outras regiões. Para abater o boi, por exemplo, o pecuarista de Mato Grosso paga R$ 41,95 por cabeça, enquanto em Mato Grosso do Sul é cobrado R$ 18,92/cabeça, em Goiás R$ 7,30/cabaça e R$ 2,42/cabeça no Pará.
“Nós contribuímos com o estado, mas determinadas taxações são insustentáveis para o setor. Estamos dispostos a continuar contribuindo como sempre fizemos, mas precisa haver critério para não inviabilizar a atividade”, afirmou o presidente da Famato e do Fórum Agro, Normando Corral.
Participaram da reunião as lideranças das entidades que compõem o Fórum Agro MT: Famato, Aprosoja, Ampa, Acrimat, Acrismat e Aprosmat. Também estavam presentes representantes dos setores de cana-de-açúcar (Sindalcool), madeira (Cipem), etanol de milho (Unem), feijão, trigo e irrigantes (Aprofir).
Fonte: Fórum Agro MT