Santa Catarina reúne produtores rurais, lideranças e técnicos para discutir estratégias de melhoria e ampliação das ações de defesa agropecuária no estado
O encontro acontecerá na próxima terça-feira (5), em Chapecó, às 9h, durante o 9º Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite.
Um dos temas do encontro será o Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação de Febre Aftosa (PNEFA), que tem como objetivo ampliar as zonas livres da doença sem vacinação no país. Em novembro deste ano, o Paraná suspenderá a vacinação no seu rebanho e a expectativa é de que 9,2 milhões de bovinos deixem de ser imunizados.
Essas mudanças colocam os catarinenses em estado de alerta. Há 26 anos sem focos da doença, Santa Catarina anunciou medidas para reforçar o controle sanitário no período de transição. O estado é o único do país que já é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa sem vacinação, o status sanitário diferenciado é uma marca registrada do agronegócio catarinense.
Fórum
O Fórum Catarinense de Prevenção à Febre Aftosa reunirá técnicos, representantes dos produtores rurais e lideranças do agronegócio para discutir as estratégias para manter Santa Catarina livre da doença e protegida após a retirada da vacinação nos outros estados brasileiros.
A programação tem inicio às 9h e trará painéis sobre o Programa Nacional de Erradicação de Febre Aftosa (PNEFA), as ações estratégicas do Estado na prevenção à doença e as novidades para defesa agropecuária de Santa Catarina. Os participantes poderão interagir com os palestrantes e contribuir com as discussões.
O evento acontece no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, durante o 9º Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite. A entrada é gratuita.
Febre Aftosa em Santa Catarina
O último foco de febre aftosa em Santa Catarina aconteceu em 1993, a partir de 2000 foi suspensa a vacinação contra a doença e proibida entrada de bovinos provenientes de outros estados, onde a vacinação é obrigatória. Em 2007, o estado recebeu a certificação da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como zona livre de febre aftosa sem vacinação.
O status sanitário diferenciado logo se transformou em uma vantagem competitiva e Santa Catarina se tornou o maior exportador de carne suína e o segundo maior exportador carne de frango do país, alcançando os mercados mais exigentes do mundo.