O 1º Fórum Nacional do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) foi realizado nesta sexta-feira (30), na 42ª Expointer, em Esteio (RS). Cerca de 200 participantes, entre representantes dos serviços veterinários estaduais e do setor pecuário, avaliaram os resultados e discutiram os principais desafios da iniciativa, lançada há dois anos.
Entre os casos destacados durante o evento, está o do estado do Paraná, cuja previsão era suspender a vacinação em junho 2021 e ter reconhecimento de zona livre da doença sem vacinação em 2023. O estado avançou nos trabalhos do plano, antecipou o calendário de retirada da vacina e agora aguarda a declaração do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de área livre da febre aftosa sem vacinação.
A situação do Rio Grande do Sul, que faz parte do mesmo grupo do Paraná (5), também foi discutida. Na próxima segunda-feira (2), começa a auditoria do Mapa para avaliar a possibilidade de adiantar a retirada da vacinação contra a aftosa no estado. “Começamos o ano de 2019 com muitas mudanças de governos, nas estruturas, então, agora é que nós vamos realmente, na prática, evoluir, conversar com estado a estado, bloco a bloco para identificar os principais gargalos e avançar no assunto”, afirma Geraldo Moraes, diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa.
Ainda no fórum, todos os cinco blocos puderam apresentar o trabalho realizado nos últimos dois anos. Além disso, foi discutida a importância do setor privado na implantação, execução e gestão do plano.
O objetivo do PNEFA é obter o reconhecimento internacional pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) de novas zonas livres de febre aftosa sem vacinação no Brasil, a partir de 2019, alcançando todo país até 2023. Além disso, o PNEFA deverá projetar a demanda de vacinas, considerando o cronograma de retirada da vacinação contra a doença e a criação de um banco de antígenos e vacinas, o Banvaco, para atender possíveis emergências.
Paralelamente, o PNEFA prevê a ampliação e aprimoramento da capacidade de diagnóstico dos laboratórios para aftosa, fortalecendo a biossegurança destes locais e mitigando os possíveis riscos de escape e difusão do vírus da aftosa, entre outros pontos.
A febre aftosa é uma doença infecciosa aguda que causa febre, seguida do aparecimento de vesículas (aftas), principalmente, na boca e nos pés de animais de casco fendido, como bovinos, búfalos, caprinos, ovinos e suínos
No Brasil, a primeira zona livre da doença com vacinação foi implantada em 1998, incluindo o Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Em 2007, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) reconheceu Santa Catarina como a primeira zona livre de febre aftosa sem vacinação do país, situação que se mantém até a presenta data.
Em 2014, a zona livre de febre aftosa com vacinação foi ampliada, abarcando sete estados do Nordeste e a região norte do Pará.
Em 2018, nova ampliação da zona livre com vacinação se deu mediante a inclusão dos estados de Roraima e Amapá e o restante dos estados do Amazonas e Pará, configurando a totalidade do território brasileiro como livre de febre aftosa. Desde abril de 2006, o Brasil se mantém sem ocorrência da doença.
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