Opostamente ao observado em 2018, quando chegou a setembro registrando (até então) o melhor preço do ano, desta vez o frango abatido completa os nove primeiros meses de 2019 retroagindo a um valor mensal superior apenas ao de janeiro passado
Na prática, porém, não é equivocado afirmar que o preço médio alcançado neste mês (em torno de R$3,92/kg, pelos resultados preliminares) é, por ora, o pior de 2019. Porque a diferença em relação ao valor de janeiro (perto de R$3,91/kg) não chega a meio por cento e, portanto, se encontra muito aquém da inflação acumulada no período.
Em setembro também, pela primeira vez nos últimos 17 meses (isto é, desde maio de 2018), o frango abatido volta a registrar valor médio inferior ao do mesmo mês do ano anterior. Neste caso a diferença ainda é pequena (cerca de 1% a menos que em setembro de 2018), mas bem diferente da observada, por exemplo, seis meses atrás (março de 2019), ocasião em que a média mensal ficou quase 50% acima da registrada no mesmo mês do ano passado.
Excetuado, porém, o fato de o recuo de preços se repetir pelo quinto mês consecutivo, a realidade é que o setor registra, nos últimos 12 meses, um quadro de estabilidade não observado em anos anteriores.
Isso, aliás, fica bem mais claro pelo gráfico abaixo. Assim, o valor médio registrado entre janeiro e setembro deste ano (ao redor de R$4,14/kg) se encontra muito próximo da média observada no último trimestre do ano passado – R$4,12/kg.
Para melhor demonstrar o grau de estabilidade atualmente registrado basta observar que entre outubro de 2018 e setembro corrente os preços alcançados no setor registraram uma amplitude (variação entre valores mínimos e máximos) de 11 pontos percentuais. Um resultado bem diferente do verificado em idêntico período anterior (outubro de 2017 a setembro de 2018), ocasião em que essa amplitude foi superior a 40 pontos percentuais.
Apesar, no entanto, do mau momento, é oportuno observar que, graças ao melhor desempenho experimentados no primeiro semestre de 2019, o frango abatido continua a registrar no ano significativa evolução de preços em relação a idêntico período anterior. Dessa forma, enquanto no ano passado alcançou (primeiros três quartos do exercício) valor médio de R$3,26/kg, agora, em idêntico espaço de tempo, alcança os R$4,14/kg. E isto corresponde a um incremento de 27%.
Fonte: Avisite