A cotação do frango foi maior em 2018 em relação a 2017, mas não muito. Nas granjas paulistas, o aumento médio foi de 7,8%, em valores nominais. Em valores reais a valorização foi de 1,5%.
Apesar disso, o aumento no custo de produção, principalmente no primeiro semestre, reduziu o poder de compra do avicultor. As cotações do milho e do farelo de soja ficaram 19,9% e 20,6% maiores que em 2017, respectivamente.
Fatores externos ao mercado também pesaram contra. Assistimos à Operação Trapaça, desdobramento da Carne Fraca, que apurou suposto esquema de fraudes em análises para detecção de salmonela.
Também assistimos à paralisação dos caminhoneiros que causou a morte de milhões de aves e, posteriormente, o tabelamento do frete, que impactou nos custos.
O embargo da União Europeia, em função da Operação Trapaça, gerou como consequência um excesso de oferta no mercado brasileiro.
Além disso, a China impôs medidas antidumping à importação de carne de frango brasileira.
De positivo foi a habilitação de 26 novas plantas para exportação da carne de frango para o México.
Para 2019, a oferta deverá ser moderada devido à conjuntura vivida em 2018 e os custos devem exercer menor pressão na atividade, principalmente os relacionados à alimentação.
Fonte: Scot Consultoria