Em função de um novo ajuste de 10 centavos – o quinto consecutivo no mesmo valor – o frango vivo disponibilizado no interior paulista foi negociado ontem (6) por R$3,00/kg. Mais generoso, o mercado mineiro propiciou ao produto local ajuste de 15 centavos
Com isso, o frango vivo de Minas Gerais também chega aos R$3,00/kg, igualando-se ao de São Paulo – fato que não ocorria há um mês.
Comparativamente aos valores vigentes 30 dias atrás, o frango vivo paulista registra valorização de 36,36%, enquanto a do produto mineiro chega aos 42,86%. Já em relação aos preços de um ano atrás, na mesma data, o ganho de São Paulo é de 20% e o de Minas Gerais de 36,36%.
Por ora, porém, tais desempenhos têm significado mínimo para os dois estados. Porque o valor médio alcançado nos (pouco mais de) 150 primeiros dias de 2018 permanece (São Paulo e Minas, respectivamente) 7% e 9% aquém da média registrada em idêntico período de 2017. Ano que, por sua vez, registrou nesta mesma época queda de mais de 3% em relação a 2016. Ou seja: em comparação ao mesmo período de 2016, São Paulo continua com uma cotação 10% menor e Minas Gerais com 14% a menos.
Não só isso, no entanto. O ganho de 20% (50 centavos a mais) apenas nos cinco primeiros dias de negócios de junho pode deixar, nos desavisados, a impressão que o frango vivo já atingiu um bom patamar de preços. Mas não é bem assim: com os R$3,00/kg ora alcançados o frango vivo de São Paulo apenas retoma, por exemplo, o mesmo valor nominal alcançado quase seis anos atrás, mais exatamente em dezembro de 2012.
Mas o que mais ressalta, neste caso, é a diferença no custo da principal matéria-prima do frango, o milho. No final de 2012, uma saca de 60 kg do grão foi adquirida, em média, por R$35,68. Agora, com o frango vivo remunerado pelo mesmo valor nominal anterior, a saca de milho custa pelo menos um terço a mais. Ou seja: o frango vivo vai precisar avançar muito mais para obter alguma equiparação com as condições de seis anos atrás