Pelo quarto mês consecutivo, o frango vivo comercializado no interior paulista atravessou a primeira quinzena – isto é, o período de melhores negócios do mês – sem qualquer alteração na cotação vigente e sem que vislumbrasse qualquer alteração nos fundamentos de mercado
Ou seja: permaneceu com a mesma cotação – R$2,50/kg – vinda desde 31 de março passado e que, no encerramento da quinzena (15), chegou ao seu 107º dia.
À primeira vista, quem teve melhor desempenho na quinzena foi o frango vivo de Minas Gerais, que iniciou o mês cotado a R$2,10/kg e chegou ao dia 15 negociado por R$2,60/kg – valorização de quase 24%. Porém, como os ajustes obtidos vieram tardiamente, o preço médio da quinzena – da ordem de R$2,38/kg – continuou aquém do registrado em São Paulo.
É verdade que, com esses ajustes, o produto mineiro registra no momento ganho mensal de 18,18%, enquanto para os paulistas o ganho continua em “zero”. Mas, no frigir dos ovos, as perdas enfrentadas pelas duas praças são muito similares entre si. Pois São Paulo e Minas registram valores 15,25% e 16,13% menores que os de um ano atrás, enquanto em relação ao último preço de 2016 as quedas estão em, respectivamente, 16,67% e 17,46%.
Uma vez que, pelos levantamentos da Embrapa Suinos e Aves, o custo de produção do frango vem sendo cerca de um quarto menor que o alcançado há um ano, será lógico concluir que, apesar da remuneração menor, o avicultor continua levando vantagem.
O detalhe negativo, neste caso, é que – comparativamente ao observado dois anos atrás – o atual custo é pelo menos 2% superior, enquanto o frango vivo segue com preço inferior. Em 15 de julho de 2015, por exemplo, São Paulo operava a R$2,65/kg e Minas Gerais a R$2,75/kg.