Em junho, após quatro meses sucessivos de altas que chegaram a propiciar valorização de quase 25% em relação ao preço inicial de 2019, o frango vivo negociado no interior paulista enfrentou baixa próxima de 5% comparativamente ao mês anterior, sendo negociado por, em média, R$3,43/kg
Esse valor, na verdade, foi apenas um referencial em boa parte do mês, visto que, devido aos excedentes, muitos dos negócios efetivados no período sofreram deságio em relação à cotação de mercado divulgada.
De toda forma, esse procedimento recaiu quase exclusivamente sobre as ofertas não programadas, a maioria delas provenientes de integrações que buscaram o mercado de aves vivas no intuito de preservar o mercado de aves abatidas, também afetado por queda de preço no mês.
Independentemente, porém, dos fracos resultados de junho (fechado, ainda, com vendas a preços abaixo do referencial – o que sinaliza mais dificuldades em julho, mês de férias escolares e, portanto, sem a merenda tradicional), o semestre foi completado com o melhor resultado de todos os tempos. Ou seja, pelo menos nominalmente, alcançou-se no período um valor médio que supera todos os semestres anteriores – tanto o primeiro como o segundo do ano.
Não escapa, porém, que a marca registrada – R$3,26/kg – se encontra apenas 6% acima do que foi alcançado no segundo semestre de 2016. Como, de lá para cá, a inflação oficial acumulada anda próxima dos 10%, fica claro que o desempenho atual não chega a representar grande avanço.
Mesmo assim é impossível deixar de comemorar. Porque a cotação média dos primeiros seis meses de 2019 supera (em mais de 15%) o valor médio dos 12 meses de 2018 – ocorrência rara no setor, pois, em geral, a cotação do produto só se fortalece na segunda metade do ano.
Sinalizou-se, acima, que o mês de férias pode influenciar negativamente o desempenho do mercado. Entretanto, não se pode ignorar que as exportações de carne de frango vêm num crescendo, com tendências de volumes ainda maiores no corrente semestre. E os embarques do produto, felizmente, não tiram férias.
Fonte: Avisite