Os dados mensais finais do Procon-SP relativos aos preços registrados pela carne de frango e pelo ovo em 2021 no varejo da cidade de São Paulo indicam que tiveram aumento médio anual de 31% e 17%, respectivamente
Tais resultados significam que o preço do frango evoluiu 11,56 pontos percentuais acima do aumento da cesta básica dos paulistanos (+19,52%), enquanto o ovo ficou 2,19 pontos percentuais abaixo da cesta.
No decorrer do ano, os dois produtos da avicultura tiveram comportamento oposto ao da cesta básica. Os aumentos desta concentraram-se no primeiro semestre, desacelerando na segunda metade do ano. Já frango e ovo apresentaram as maiores correções no segundo semestre, fato determinado sobretudo pelos aumentos no custo de produção.
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É oportuno observar, de toda forma, que o índice de incremento alcançado pelo ovo no segundo semestre (+23,6%) resultou, muito mais, da queda de preços enfrentada no ano anterior do que, propriamente, de valorização significativa no ano seguinte. Tanto que o valor médio do semestre ficou apenas 3,6% acima do registrado na primeira metade do ano.
Já o preço médio do frango resfriado no segundo semestre foi mais de um quarto superior ao registrado no semestre inicial de 2021. Porém, é forçoso reconhecer que tal ganho apenas acompanhou as variações da carne bovina, cujos cortes no varejo paulistano aumentaram mais ou menos na mesma proporção. A carne bovina de segunda, por exemplo, aumentou no ano 32,72%, 1,64 ponto percentual acima da carne de frango.
Esse comportamento sem dúvida coincidente levanta, agora, uma indagação. Pois as correções de preço obtidas pelo frango apenas acompanharam (muito mal) a evolução dos custos. Mas – pergunta-se – teriam sido alcançadas se, à frente, não estivesse a carne bovina?
Por Avisite
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